...:Violently happy:...

Mudei

Beijo,

Ligia.
(Ligia Helena - 05:21 - #)



Vou começar a atender em novo endereço.
Ainda não está pronto, quando estiver eu aviso, e esse aqui morre.
Tá?
(Ligia Helena - 17:21 - #)



Eu não me levo a sério.

Eu me magôo difícil. Precisa DE VERDADE judiar de mim pra eu me magoar.

Eu perdôo fácil. É só me deixar esquecer.

Mas tem gente que eu não perdôo. Que não quero ver nem pintado de ouro. E não é por guardar ressentimentos nem nada, é só pra eu me poupar. Pra não cansar minha beleza.

Mas tem gente que não aprende.

Hoje eu li um texto do Contardo Calligaris que me deixou com um nó na garganta. Sobre depressão na infância. Eu colaria aqui, mas deixa pra lá. Quem quiser ler me avisa que eu mando por e-mail.

Faz 6 ou 4 anos que eu não ganho um abraço de uma pessoa que é bem importante pra mim. Não é estranho?

Quer saber? Não te levo a sério também.


(Ligia Helena - 18:50 - #)



O orkut não serve pra nada, né? Pra NADA. Pra nada além de ajudar a matar tempo no trabalho e dar risadas eventualmente. Se o Friendster me fez conhecer uma pessoa, o orkut nem isso. NEM ISSO! Mas me faz dar algumas risadas, e matar tempo no trabalho.

Hoje, numa das comunidades das quais eu faço parte no orkut, havia a proposta de cada membro publicar com qual advérbio mais se identificava.

Eu pensei, pensei, escolhi uma palavra, pesquisei a qual classe gramatical ela pertencia, o google me disse que não era advérbio, mas eu resolvi colocar essa palavra mesmo assim. Depois descobri que é advérbio sim.

Qual a palavra? QUASE.

Eu acho que eu sempre paro no QUASE das coisas. Eu QUASE tudo. Nunca NADA, nunca TUDO, nunca nunca, nunca sempre, sempre QUASE.

Não que eu ache legal ser assim. Mas não dá pra dizer que eu me identifico com "intensamente", "loucamente", "muito". Eu sou quase. Eu sou semi. Eu sou a um passo de.

Não é que eu ache ruim ser assim também.

Minha mãe está lendo "O Estrangeiro", do Camus, que eu emprestei pra ela. E ela achou o Mersault muito frio, muito "tanto faz".

E eu me identifico TANTO com o Mersault.

Será que o Marsault é QUASE?
(Ligia Helena - 01:23 - #)



São seis da manhã.
Tá frio
Tá chovendo
Eu tou com sono.
Eu ainda não dormi.

O escritorio daqui de casa tá uma bagunça
A sala de TV tá uma bagunça
Meu quarto tá uma bagunça
Minha vida tá uma bagunça

Tudo gira em torno da monografia
Minha cabeça
Meus amigos
Meus compromissos
Meus pais
Meu trabalho
Meus cachorros - até os cachorros.

Mas não sintam dó.
Se está assim, é porque eu fiz ser assim.
Tive todo o tempo do mundo pra escrever.
Resolvi fazer tudo em cima da hora.
Sempre assim
Nunca aprendo.


(Ligia Helena - 06:05 - #)



Eu me odeio por ter sido incapaz de ir dormir antes do fim do show do Guns 'n' Roses (!!!) que tava passando na MTV.

(Ligia Helena - 05:08 - #)



Uma xícara de chá, Will & Grace na televisão, vou buscar um livro, ai meu quarto está tão quentinho, ui aqui está tão frio, vou buscar uma coberta, vou pegar chocolate quente, acho que biscoitinhos caem bem, ai tem texto novo no blog do Jazzmo, tem foto nova no fotolog, jás tá na hora de fazer upload de nova foto, ai que interessante esse texto, vou ler até o fim, tou com saudade de bater papo com meu pai, olha só, barraco na novela, vou assistir, nossa, a lua tá linda, vou ficar um pouco na varanda, ih, me deu sede, vou buscar coca cola, hoje é um dia especial, não posso ficar em casa, ih, hoje nada de especial acontece, que tédio, vou sair de casa, me deu vontade de ouvir uma música, será que eu acho no soulseek aquele clipe, tou precisando tomar um banho, chegou o jornal, vou ler uma revista, tou precisando de sossego, deu vontade de dirigir, quero ver os amigos, acho que vou lavar essa louça suja, e se eu arrumasse minhas camisetas por cor, seria bom dar banho nos cachorros, vou tomar sol na praça...


Tudo, tudo é motivo pra deixar a monografia de lado. Nem que seja por alguns minutos.

(Falta pouco Ligia, go ahead).
(Ligia Helena - 02:35 - #)



Resoluções de vida nova

Por "vida nova" entenda-se a vida longe da faculdade, já que estou a poucos dias de terminá-la.


1. Passar alguns dias na casa da praia. Muitos dias. Tantos quanto forem possíveis. Provavelmente DOIS dias, que é o que o trabalho me permite. Um fim de semana. Mas talvez vários finais de semana, né?


2. Ir ao Rio. Urgente, urgentíssimo. Ver os amigos que não vejo desde o ano passado. Rever os que vieram me ver em São Paulo neste ano. Tomar cerveja no Baixo, tomar cerveja no Leblon, tomar cerveja em Ipanema, tomar cerveja em Botafogo, enfim, tomar cerveja. Passear na Lagoa. Ir pra Niterói (ai que saudade daquela terrinha) tomar Mineirinho e afofar o Cable.


3. Passar a nadar à noite. É, voltar a fazer natação. Já que terei as noites livres, vou tentar usá-las a favor do meu corpo que anda TÃO negligenciado.


4. Usar o resto do tempo livre pra ler TUDO que eu quis ler durante esses 4 anos mas "não pude" porque tinha que ler as coisas da faculdade. Engraçado que mesmo lendo as coisas da faculdade... às vezes tinha que ler um capítulo de determinado livro, achava interessantíssimo, queria ler o livro todo e não dava, não podia, não rolava. Agora fazendo a monografia então, pffff, o que passa de livro interessante pela minha mão e eu não tenho condições de ler inteiro...


5. Procurar um emprego de verdade (caso não role de eu ficar no meu atual, onde sou estagiária - ou seja - caso eles não me efetivem). Aí tenho toda uma estratégia traçada na minha cabeça. Primeiro tento os cursos de jornalismo aplicado daqui de São Paulo. Se não der certo, aí, babe, vou procurar emprego em tudo quanto é canto. Hit the road, Jack. Floripa, Rio, BH, Curitiba, Porto Alegre, Recife, Piri Piri do Norte do Sul aí vou eu.


6. Me especializar. Em alguma coisa. Tenho cá minhas preferências (quem não as tem?) e pretendo ir atrás delas. Aprofundar. Estudar. Me dedicar ao que eu realmente gosto dentro da profissão que eu escolhi.


7. Pensar em fazer outra faculdade. Antes que a preguiça tome conta de mim.


Será que vai ser igual a resolução de ano novo, eu NÃO vou cumprir uma por uma?

Tomara que não.
(Ligia Helena - 05:12 - #)



Basicamente uma das coisas mais legais que vi na internê nos últimos tempos.

Clica aqui e dedica um pouquinho do seu tempo a essa experiência nova. Não é sacanagem. Arrasa.
(Ligia Helena - 03:24 - #)



Eu sou uma asna mesmo.

Já tou com sérios problemas pra dormir nos últimos tempos e ainda tomo dois BALDES de cappucino a noite.

Pelo menos fiquei aqui alimentando minha bebezinha.

Pra quem não sabe ela já tá com quase 50 páginas, praticamente uma MOÇA. E ainda falta um capítulo e meio.

Vai ficar linda quando estiver pronta.

PLIM, chegou mais uma música. Tou baixando várias musiquinhas, o motivo é nobre.

Visita meu fotolog que hoje tem uma foto belíssima.

Beijo, tchau.
(Ligia Helena - 05:13 - #)



Sonho de consumo
(Ligia Helena - 17:51 - #)



I couldn't tell you how, but all the things I feel have their qualities.
(Ligia Helena - 14:28 - #)



Sem brincadeira

A minha melhor companheira nessas madrugadas de monografia é a trilha sonora de "Fa yeung nin wa".

O filme eu já conhecia, assisti quando tinha aulas de crítica de cinema com o Sérgio Rizzo (melhor coisa do mundo eu ter feito esse curso. Me fez ver que eu definitivamente NÃO sirvo pra fazer crítica de cinema). Filme bem lindo.

Mas a trilha é uma beleza!

Tem Nat King Cole e várias musiquinhas chinesas (japonesas? acho que chinesas mesmo) que NUNCA tiram minha concentração, porque não tem como eu prestar atenção na letra.

Quem quiser pode pegar a trilha no meu soulseek, meu id é ligelena.

Músicas lindas, músicas amigas :~

(Ligia Helena - 03:40 - #)



Análise psicológica do Dr. Klein

Eu troco emails durante o expediente com o Klein. Temos longas e construtivas conversas. O Klein é uma pessoa sã e equilibrada que me auxilia a encontrar a paz de espirito e minha verdade interior.

Exemplo de trecho de e-mail, recebido na tarde de hoje:

"Sabe que eu acho que esse lance do tal do XXXXXXXX é um resquício daquela sua fase em que vc acreditava só gostar de gays e bissexuais..."

:~~~~~~~~~~~~

Tão sábio. E eu sou tão maluca.
(Ligia Helena - 15:25 - #)



Para os habitantes de São Paulo, aviso rápido.


Lançamento "CORPO PRESENTE" em SP
Mercearia São Pedro
Rua Rodésia, 34 - Vila Madalena, São Paulo
Fone: 11 3815 7200
Segunda-feira, 19/04/2004, das 19:30 até o último amigo


O livro é ótimo, o autor é ótimo, a Mercearia São Pedro é ótima, então provavelmente será um evento legal.

Apareçam por lá pra prestigiar o querido JP e seu Corpo Presente - o livro, eu digo.
(Ligia Helena - 05:27 - #)



Quando a gente é criança e tem pais que trabalham fora, a hora de encontrá-los é sempre um grande momento.

Momento de sentar no colo, contar o que aconteceu na escola, perguntar coisas, contar do desenho que viu, da briga com o irmão, do bolinho que a cozinheira fez, brincar, monopolizar as atenções.

Fim de semana, então, é uma delícia. Sábado e domingo são dias em que eles, pais, tem de se dedicar a você. Afinal de contas, são tão poucos os momentos que vocês têm juntos...

Aí a criança cresce. Vira adolescente. Além da escola tem outros compromissos, como a aula de francês, os ensaios com a banda, as fofocas na casa dos amigos. Fica fora de casa no período em que os pais estão fora de casa também. Quando está em casa, bate um papo rápidinho com os pais e vai pro seu canto. Os pais querem sossego também, vão pro canto deles.

O adolescente cresce. Vai à faculdade, trabalha, vê os amigos, sai, se dedica ao namorado, aos projetos que tem na vida. E os pais... bem, os pais já estão naquela idade de se aposentar.

E os pais se aposentam. E passam a ficar o dia todo em casa, ansiosos pela hora em que os filhos vão chegar, sempre um grande momento.

Momento de sentar ao lado, contar o que leu no jornal, perguntar sobre o seu dia, contar do que viu na novela, da briga com a vizinha, da receita que fez, pedir ajuda pra aprender a mexer no computador, monopolizar as atenções.

Fim de semana, então, é uma loucura. Se você ousar ficar em casa, sábado e domingo são dias em que você, filho, tem de se dedicar aos pais. Afinal de contas, são tão poucos os momentos que vocês têm juntos... e se você ousa sair, passar o fim de semana fora, se divertindo, tem e aguentar choramingações.

Inversão de papéis. E você, que tá virando adulto, que não tem filho, ainda mais filho com mais de cinquenta anos, se vê numa situação maluca. A paz caseira inexiste. Os pais perdem a noção de que você às vezes precisa se concentrar em casa, para ler, estudar, fazer alguma coisa pra você. Vale tudo pra ter sua atenção.

Eu sei que eu tenho que ter paciência... que ficar em casa quase o dia todo é novidade para meus pais, que só agora eles percebem de fato que os filhos cresceram e têm seus próprios interesses, deveres, compromissos. Que para eles deve ser duro ver a casa vazia, e que eles gostariam de ter os filhos por perto... mas não é fácil. É o segundo fim de semana seguido que eu passo em casa com eles, e não é fácil. Impossível passar CINCO MINUTOS que seja em silêncio. Lendo. Escrevendo.

Só encontro a paz caseira de madrugada, quando meu pai-que-fala-com-os-cachorros e minha mãe-que-fala-com-as-plantas vão dormir. E depois eles não entendem o porquê de eu gostar de dormir de dia e ficar acordada de madrugada.

Que fique bem claro, eu adoro meus pais. Quando fico muito tempo sem conviver com eles, sinto muita falta. Mas ando requisitando, cada vez mais, doses homeopáticas de companhia paterna e materna.

Na verdade eu tava precisando mudar de casa. Ir morar sozinha. Mas isso é assunto pra outro post e pra outra hora.
(Ligia Helena - 00:05 - #)



Eu sou tão inconstante quanto eu sou instintiva. E é bizarro como uma sirene toca dentro de mim de vez em quando, é instinto, né? Que faz a gente correr para ou correr das coisas.




¨¨¨¨¨¨¨¨¨¨¨¨¨¨¨¨¨¨¨¨

Fui ver Ludov quinta passada.

Lazerzão, encontrei gente que não via há tempos (além dos próprios Ludovs, né?), cantei junto, me emocionei com o tanto de gente que lotava o Picasso cantando junto, vi a fofa da Sharon - a gente sabe quase tudo uma da outra por blogs e fotologs, e encontrá-la é sempre muito gostoso, me sinto bem com ela! Parece uma velha amiga, embora toda a "intimidade" seja virtual. Ainda arrastei o Klein comigo, o que garantiu muitos risos, as usual.

Tava com saudade deles. E sim, eu continuo achando TÃO LEGAL ver o Edu cantar Candy... ou qualquer coisa. =)


¨¨¨¨¨¨¨¨¨¨¨¨¨¨¨¨¨¨¨¨


Tem alguém que você admire? Que você admire IMENSAMENTE? Eu tenho uma pessoa a quem eu admiro bizarramente.

Mais do que eu deveria, talvez.

Talvez se eu o admirasse menos, já tivesse virado uma página que era pra ter virado há um bom tempo. Mas não viro porque, ai, como vou fazer isso com alguém que eu admiro TANTO?

Fica sempre aquele gostinho de "e se tivesse sido diferente? e se acontecesse um revival? e se eu não desistir?"

Mas eu já desisti. A admiração absurda foi o que restou. E de vez em quando - sim, eu admito - um apertãozinho no peito.

=)

Sorrisinho de "eu sou burra, eu sei, mas não vou mudar"

(Ligia Helena - 04:06 - #)



Só uma música bonita

Há pessoas de nervos de aço
Sem sangue nas veias e sem coração
Mas não sei se passando o que eu passo
Talvez não lhes venha qualquer reação
Eu não sei se o que trago no peito
É ciúme, despeito, amizade ou horror
Eu só sei é que quando a vejo
Me dá um desejo de morte ou de dor


(sem auto referência. Juro.)
(Ligia Helena - 16:58 - #)



Incrível. É só eu declarar meu afastamento do blog que a melancolia bate e consequentemente a vontade quase incontrolável de escrever.

Não é TPM. Que tristeza bizarra que bateu nesses últimos dias. Vontade de chorar mesmo no meio dos amigos, mesmo onde eu me sinto em casa. Medo de ir dormir - porque o silêncio é um perigo. Dor no peito, tristeza, tristeza. Chorar dirigindo. Tudo muito estranho. Vontade de ficar perto do pai e da mãe. Em casa. Na cozinha. Sentindo segurança que só mãe e pai sabem dar.

Essas coisas acho que são cíclicas. Talvez por eu estar perto de mais uma mudança importante na minha vida eu esteja passando por isso. Ou não, sabe-se lá. Por enquanto eu vou tentando lidar com as mudanças que aconteceram, que acontecem e que estão por vir.

E quero muito que a Páscoa chegue logo pra ir pro meu cantinho, com pai e mãe, ficar quieta e tentar me entender.

(Ligia Helena - 03:20 - #)



Desculpem a ausência

Estou parindo minha monografia.


Por enquanto divirtam-se com o Floc e suas meninas lindas e incríveis, com o meu fotolog fuleiro, com o fotolog chiquérrimo muito fino do Nando Rocha, com as histórias divertidas (ou a choramingação) do Manny...

Enfim, abram a caixinha de links aí em cima e divirtam-se, porque eu só devo aparecer aqui de novo de verdade lá pro meio de maio.

Um beijo e até logo.
(Ligia Helena - 05:17 - #)



Carta pra alguém lá no Rio.

Oi Fli!

Hoje eu tava assistindo Mad About You e lembrei de você. Engraçado que eu nunca te achei parecida com a Helen Hunt como uns e outros dizem, pra mim você sempre foi parecida só com a Leelee Sobieski, mas de alguma forma a Helen me fez lembrar de você e me deu saudade.

Como meus sentidos são malucos e fazem as associações mais incríveis, na hora que lembrei de você senti o cheiro da sua casa. Mesmo com o nariz entupido - maldita gripe que não me larga - senti o cheiro da sua casa e o cheiro de baunilha do perfume que você usa.

Eu vivo com saudades do Rio e de todo mundo, mas de vez em quando sinto uams saudades específicas. Acho que já te disse isso. E dessa vez as saudades que eu senti foram suas.

Saudades daquele dezembro que eu fui praí com a Klô e a gente foi ao Arpoador e à Lagoa e fizemos passeios gostosos que a gente só faz quando está contigo. Tá que depois um monte de coisas deram errado e aquele fim de dezembro nem foi tão pleno, mas é sempre gostoso lembrar de como é bom estar na sua casa, com seu pai, com sua mãe, com as pessoas que entram, sentam no sofá, batem papo e saem, e outras pessoas entram, e a sensação que eu tenho é que a sua casa está sempre pronta pra acolher quem precise de uns minutinhos de boa música e conversa inteligente - porque até quando a gente conversa bobagem na sua casa, contigo e com seus pais, é bobagem inteligente.

Tou com saudade de levar esporro teu, como no dia em que eu fiquei extremamente chateada por problemas que definitivamente não me pertenciam e você não se conformava com o fato de eu me desgastar por problemas alheios. Sabia. Talvez você nem lembre disso, mas eu lembro e serviu como lição pra mim. Tenho saudades dos teus surtos e de te ouvir cantando funk fora do ritmo. Ou melhor ainda, saudades de te ouvir cantando lindamente qualquer coisa, ai, não posso esquecer como você canta bem! Nunca!

Eu sei que agora você está namorando, eu sei que você se formou de verdade (nasceu a Lucinda!), eu sei muito por alto de você. Muuuito por alto. Eu sinto muito sua falta e agora que nem ICQ você usa fica difícil da gente se comunicar. Das minhas meninas do coração que moram no Rio, você é a que eu não vejo há mais tempo. Com quem eu não falo há mais tempo. Caraca, que saudade. Eu te ligaria agora, se não fossem uma e meia da manhã. Eu sei que você dorme cedo, porque você é uma menina saudável que vai pegar onda pela manhã (hihihi). Muita vontade de falar contigo.

Por isso eu escrevi essa carta. Que eu nem sei se você vai ler, porque afinal de contas eu não vou te mandar, eu vou deixar aqui no blog.
Pra eu ler sempre que quiser lembrar dos porquês de eu gostar tanto de você.
Pra eu me sentir mais perto.
Porque tudo que eu queria era poder ir pro Rio no fim de semana que vem. E passar um diazinho que fosse aí com a família Alexim. Fazendo nada, que é a coisa mais gostosa de fazer aí. Assistindo DVD do Cranberries. Sei lá.

Não sei como acabar a carta.

Talvez falando que eu lembrei que eu te amo e que você mora muito no meu coração? É piegas, mas acho que é um bom jeito.

Se você ler isso aqui, lembra de mandar um beijo pra Malu e pro Marcelo, tá? Muita saudade deles também.

Beijos, linda. Não suma da minha vida jamais (olha eu aqui não sumindo da sua).

Lija.



Fli.

(Ligia Helena - 01:38 - #)



Ressaca Moral

Confesso: eu sempre tenho ressaca moral. O tempo todo.

Não de coisas que eu faço e me arrependo. Isso é raro. Mas tenho ressaca moral por causa de coisas que eu deixo de fazer.

Agora estou na fase da tal monografia. Me determinei a trabalhar duro durante a semana, para poder me divertir nos finais de semana. Você passa seus dias teorizando sobre cultura pop? Nem eu.

O pior é que a tal ressaca moral não funciona pra nada. Não me faz sentar a bunda na cadeira e escrever, fazer fichamentos, revisar o pouco que já escrevi, nada. Eu fico em frente a TV pensando: "caralho, se eu não começar logo a trabalhar na monografia eu vou me ferrar..." e as horas vão passando e eu sempre, SEMPRE tenho algo mais divertido ou prazeroso pra fazer. Tome adiamento...

E eu sofro com a ressaca moral. Eu me sinto a pior das criaturas. Me dá vontade de cavar um buraco no chão e me enfiar nele.

Mas não me dá vontade de trabalhar pra acabar com a fonte das minhas ressacas... dá pra entender?
(Ligia Helena - 21:01 - #)



Coisas que me afligem:

- Monografia: nem comecei. Tenho que entregar em maio. Não tou com vontade de começar. Não me falta tempo, nem bibliografia sobre o tema que escolhi, nem gente querendo colaborar. Falta só eu tomar vergonha na cara e começar a fazer. E eu não tou com vontade de começar.

- Coração: acho que eu nunca vou me apaixonar por mais ninguém. Porque eu tenho medo e travo. Porque ninguém parece valer a pena. Porque me dá preguiça

- Quilos a mais - Sim, eles estão aparecendo. Mas eu não consigo deixar de comer porcaria. Não, eu consigo sim, só que é a velha questão, "preciso tomar vergonha na cara". Vou começar a tomar vergonha na cara e não comer mais porcaria a partir de agora.

Trabalho novo - ainda estou engatinhando. Tateando. Não consigo me jogar de cabeça. E eu bem acho que deveria me jogar de cabeça. Tou tímida ainda e isso acho que passa uma má impressão pros CALEGAS aqui. Nhé.

Coisas que me afligem...
(Ligia Helena - 14:22 - #)



Há dias ouço essa música, sem parar. Quando estou no carro, ouvindo o CD que o Manny me emprestou, ou fazendo loopings dentro da minha cabeça. Coisa linda...


You give your hand to me and then you say, "Hello,"
And I can hardly speak; my heart is beating so.
And anyone can tell you think you know me well,
But you don't know me

No, you don't know the one who dreams of you at night,
And longs to kiss your lips and longs to hold you tight.
To you I'm just a friend; that's all I've ever been,
Oh, you don't know me.

For I never knew the art of making love
Though my heart aches with love for you.
Afraid and shy, I let my chance go by,
The chance you might have loved me, too.

You give your hand to me and then you say goodbye;
I watch you walk away beside the lucky guy.
You'll never, never know the one who loves you so,
No, you don't know me.

For I never knew the art of making love
Though my heart aches with love for you.
Afraid and shy, I let my chance go by,
The chance you might have loved me, too.

You give your hand to me and then you say goodbye;
I watch you walk away beside the lucky guy.
You'll never, never know the one who loves you so,
No, you don't know me.

:~~~~~~~~~
(Ligia Helena - 19:05 - #)



Leiam o blog da Klô. Vejam o fotolog do Nando (Veio pra São Paulo e não me ligou, esse puto. Resta ver as fotos...).

Coisas finas.
(Ligia Helena - 23:47 - #)



Não sou sutil, eu sou quase um elefante numa loja de cristais. Minhas expressões faciais, os movimentos do meu corpo, meu tom de voz, nada é sutil.

Não que eu me chateie com o fato de não ser sutil, mas não vou negar que me incomoda um pouquinho perceber que eu não passo despercebida nem quando eu quero.

Não é que eu faça as coisas para aparecer. É que eu não consigo não aparecer. Sabe gente CONTIDA? Eu não sei me conter! Mãos, pernas, braços, voz, tudo descontrolado.

E as expressões faciais? Meu Deus, pra que mexer tanto a boca, arregalar tanto os olhos, erguer as sobrancelhas quase até o final da testa, torcer o nariz... pra que? Muita careta!

Muito muito. Tudo é muito em mim. Não sou sutil. Não sei ser.
(Ligia Helena - 23:44 - #)



Pílulas (pírulas? hehehehe) de sabedoria by Karla Lopez

"Ninguém pode ser assim tão honesto e legal."

Tá ecoando na minha cabeça. Tá me fazendo pensar. Já foi uma pulga atrás da minha orelha e agora fica ecoando. Será que é possível alguém ser tão honesto e legal? Se não for possível, ótimo, assim eu paro de idealizar.

Tu é uma farsa, rapár? =P
(Ligia Helena - 03:39 - #)



Exercício


Outro dia estava voltando pra casa, descendo a Rebouças, quando resolvi fazer um exercício de imaginação. Olhei pro banco do passageiro, que estava vazio, e decidi colocar ali sentadas algumas pessoas. Alguns homens. Amigos, ex-namorados, ex-peguetes... e comecei a pensar em como cada um agiria.

Quem iria passar a mão pela minha perna, quem iria aumentar o som, trocar de CD, reclamar da música, quem iria abrir o vidro, quem iria observar meu jeito de dirigir, quem iria criticar, quem iria zombar do meu cabelo arrepiado pelo vento. Quem ia me beijar quando eu parasse no sinal... enfim.

Foi divertido ver cada um deles, reparar nas manias, chatices e implicâncias, lembrar a forma de cada um fazer/manifestar carinho, ver quem é mais companheiro e melhor companhia.

Cheguei a um resultado, uma pessoa que eu gostaria que estivesse mais vezes no meu banco do passageiro e ao meu lado pela vida afora. Não, nem digo isso com conotação sentimental/amorosa/sexual.

É que ele, ao meu lado, nem repararia no som, ele me daria a mão e conversaríamos sobre qualquer coisa, porque conversar sobre qualquer coisa com ele é bacana. E a gente discordaria muito, porque o mais legal é discordar, ele argumentaria do jeito inteligente que ele gostuma argumentar, e a conversa seria tão boa que eu até iria errar o caminho.

Quando eu estiver sozinha por aí, bem vou imaginar ele sentadinho ao meu lado.
(Ligia Helena - 19:23 - #)



Feriadinho agitado. Com trabalho e lazer, com visitas previstas e visita surpresa, com alegrias e dor, com gripe e pé torcido, lascividade e tocos, pneu furado e chave esquecida dentro do carro, com muita comida e com um tantinho considerável de álcool, com vontade reprimida e sono, muito sono.

Já aconteceu de você de repente esquecer do quanto gosta de alguém ou de algum determinado grupo de pessoas? Eu tava quase esquecendo, que bom que eles apareceram pra me lembrar.
(Ligia Helena - 02:01 - #)



Ando com umas vontades malucas de chorar. Geralmente quando estou sozinha. Dirigindo. Ouvindo música. Falando comigo mesma. Tudo isso junto. Sozinha, dirigindo, ouvindo música e falando comigo mesma.

São umas saudades que vêm e batem no meu peito, umas lembranças, uns medos que eu achava que não tinha mais. Umas frases que surgem na minha cabeça e que me dão vontade de chorar. Um momento lindo que eu praticamente vejo acontecer na minha frente, como se fosse numa tela, e que me dá vontade de chorar de alegria.

Eu acho que eu tou ficando maluca.

Será que é coincidência a Rach estar vindo pra São Paulo justamente quando eu começo a entrar em crise e achar que estou ficando maluca? Ou será que alguma força maior que a gente cuida dessas coisas?

(Ligia Helena - 20:04 - #)



Eu sinto falta dele. Ah sinto. Mais do que qualquer coisa, das nossas conversas intermináveis no ICQ, das lamentações, da felicidade pelas conquistas...

Eu queria falar com ele e contar da mudança pela qual minha vida tá passando. Queria contar meus problemas e ouvir os dele, ajudar, contar as maluquices que eu ando fazendo por aí, ver as coisas que ele - tão criativo - anda fazendo.

Sem motivo NENHUM a gente se afastou. Sim, alguns conflitos colaboraram pra isso, mas não há motivo pra essa distância entre eu e uma pessoa que foi basicamente uma das mais importantes pra mim. Durante pouquíssimo tempo, mas foi porto seguro, ombro amigo, foi paixão, foi tanto pra mim...

Eu sinto falta dele. =\
(Ligia Helena - 16:00 - #)



Tenho dificuldade em expor meus sentimentos. Em falar sobre o que eu sinto, dividir com amigos, desabafar. É muito difícil eu me sentir a vontade com alguém a ponto de dizer o que se passa na minha cabeça e coração.

Alguns poucos coitados tem esse dom de me deixar a vontade. E aí, pobres, tem de me aguentar sozinhos, ouvir meus lamentos, emprestar o ombro pra eu chorar, dar colo...

Se não estou com esses poucos, visto a minha armadura. A minha capa. Escondo o jogo. Não é questão de ter duas caras ou sei lá o que. É que eu sou assim, reservada talvez, tenho medo de expor minha fragilidade, talvez.

Mas de que adianta vestir a armadura se vem um sujeitinho aí e enxerga através dela? Se vem um sujeitinho aí que me decifra melhor até que eu mesma?

E eu ainda gosto dele. Que ódio! =)
(Ligia Helena - 00:39 - #)



About love and devotion

Uma vez uma grande amiga minha soltou a seguinte frase: "Eu acho que eu nunca mais vou ser amada, Ligia". Ela não estava falando de amor genérico e sim daquele amor... ahm... homem-mulher, no caso de uma relação heterossexual.

Eu lembro de ter achado aquilo um grande absurdo, ainda porque se tratava desta minha amiga que é lindíssima, muito inteligente, divertida, doce, basicamente ela é um amontoado de qualidades e para mim era evidente que ela ainda seria muito amada.

Achei que ela estava sendo muito dramática, que nada justificava um pensamento desses. Que o fato das relações dela pós "o cara que a amava de verdade" não terem dado muito certo não significava que ela nunca mais iria encontrar quem a amasse.

Só que hoje em dia quem é acometida por esse tipo de pensamento sou eu. E olha, nem sou vítima de frustrações amorosas nem nada, mas as vezes bate um desânimo. Uma sensação de que nunca mais vai haver alguém assim... devotado, sabe?

Eu já tive alguém assim. Bem como ela já tinha tido. E às vezes eu tenho a impressão que nunca mais vou viver algo desse tipo. Bem como ela tinha essa impressão.



Só pra história não ficar deprê demais, vale lembrar (inclusive vale que EU MESMA lembrar) que pouco tempo depois essa minha amiga encontrou um cara sensacional. Que se ainda não é devotado e tão amoroso quanto foi aquele cara do passado, bem, pelo menos é uma pessoa maravilhosa que tá fazendo ela muito feliz. E eu particularmente não tenho pressa. Então vou renovar minhas esperanças.
(Ligia Helena - 02:49 - #)



O meu amor tem um jeito manso que é só seu

Nunca é demais afirmar o meu amor pelo Chico Buarque.

A paixão é tão declarada que até a moça que trabalha comigo gosta de me perturbar com isso. Hoje fui checar os e-mails daqui da editora e dei de cara com uma página do site de fofocas DIRCE. Era só pra fazer minha tarde começar linda com fotos dos olhos-cor-de-ardósia do Chicão.

Ele é foda. Ele é a única pessoa que se eu encontrasse na rua, provavelmente teria um treco.

alem de talentoso o filho da puta é belíssimo


Hoje eu vou sonhar com o Chico.
(Ligia Helena - 16:07 - #)



Run, Lija, run.
(Ligia Helena - 02:17 - #)



A primeira vez que eu consegui falar direito com ele, eu estava no estacionamento do supermercado. lembro direitinho. Parei o carro, ouvi o telefone tocar dentro da bolsa, e na época eu usava uma bolsa de couro que tinha compartimento pro celular, então era fácil encontrar o bichinho, difícil era ouvir o barulho dele com a bolsa toda fechada. Mas estranhamente eu ouvi e atendi a tempo. Eu não tinha bina, e de onde ele estava me ligando, mesmo se eu tivesse bina o número não seria identificado.

Aí ele se identificou e as minhas pernas ficaram moles.

Ele sempre teve o poder de me tirar do sério. Só olhando. Só chegando perto. Só pegando na minha mão. Eu perdia o ar, o fôlego, o rumo, a firmeza das pernas. E até aquele dia do estacionamento do supermercado, eu nunca tinha conseguido conversar com ele, justamente por esse poder que ele tinha... de até desencadear meus pensamentos e embolar as minhas palavras.

E aí ele se identificou, e as minhas pernas ficaram moles. Ele perguntou onde eu estava, e eu disse que estava no estacionamento do supermercado.

Nunca imaginei que o fato de eu estar num lugar assim... inusitado para uma menina de 21 anos estar, na madrugada de um sábado, fosse capaz de fazer com que a nossa conversa fluísse tão bem. Que eu fosse ficar segura e capaz de falar tanto e tao direito, de fazer piadas inteligentes e - pasmem - chamar pra sair.

Eu mudei. Hoje em dia - eu sei - eu daria um baile nele. Hoje, quando estava lendo meus e-mails no estágio e vi o nome dele, me deu uma vontade louca de telefonar. Pra vê-lo. Pra esbanjar segurança. E claro, pra lascar um beijo na boca dele.

Mas me deu medo. Medo de travar. De ele ter mudado também. Dele AINDA me dar um baile. E se as pernas tremerem e de novo eu não souber o que falar?

Mas até o fim de fevereiro eu falo. Ah falo.

Se eu sou apaixonada por ele?

CLARO QUE NÃO.

É só o homem objeto que eu mais almejo na vida.

(Ligia Helena - 02:28 - #)



Tou com saudade da Klô. Muita, muita saudade.

Tou com tanta saudade do Klein que domingo quase chorei ao telefone com ele. Com tanta saudade do Klein que deixaria de trepar pra vê-lo.

Tou com saudade da Débora e em falta com ela. Dia 30 ela fez aniversário e eu não consegui falar com ela. Juro que eu tentei, mas não consegui.

Tou com saudade do Ivo.

Tou com saudade da Fli, da Fê, da Joam, do Ivan, do Adri, do LP, da Rach, do Merino e de todo o povo do Rio.

Com saudade do Marcelo e da Malu. De tomar sorvete no Felice. Tou com saudade de ir tomar sol lendo O Anjo Pornográfico lá no Guaraú. Saudade do inverno de 2003.

Coração apertadinho de saudade.
(Ligia Helena - 23:15 - #)



Outro dia vieram me perguntar o motivo do meu blog não ter data.

Se você nunca percebeu que ele é assim, você não é uma das pessoas com quem eu me preocupei quando decidi fazer o blog sem as marcações de tempo.

Eu simplesmente não quero que as pessoas que me conhecem bem e que lêem meu blog façam associações dos fatos cotidianos com os escritos aqui do blog. Até porque raramente eu faço essa conexão. Raramente eu vou passar por uma situação que mexa comigo e vir escrever no blog. No no no no no eu não sou assim. Eu guardo pra mim.

Aliás, a maior parte das coisas que eu escrevo aqui são mergulhos em mim mesma. Quando eu percebo que sou assim ou assado, que ajo desta ou daquela maneira. E não impressões sobre as coisas que acontecem a minha volta ou que me afetam. Enfim.

Não tem data porque não quero neguinho dizendo: "ah, naquele dia em que eu te vi chorando você escreveu um post sobre perda - tá sofrendo horrores". Ahn-ahn. Não é assim.

Quem lê meu blog todo dia sabe quando eu escrevi as coisas. Quem não lê, fica com a interrogação na cabeça. E assim que eu quero que seja.
(Ligia Helena - 16:28 - #)



VOCÊ TEM MEIA HORA PRA MUDAR A MINHA VIDA.

Vem, vambora.
(Ligia Helena - 14:27 - #)



De novo (me pareceu oportuno): EU NÃO SEI JOGAR, NEM CALCULAR.

Sabe?

Eu estou tão acostumada a agir do jeito que eu quero, na hora que eu quero, não sei raciocinar: "se eu fizer isso... podem pensar isso. Se eu fizer aquilo... podem pensar assim".

Não acho negativo isso de cálculos e jogos. Acho válido e admiro quem tem esse talento. Inclusive acho necessário que se aja de maneira pensada e calculada para se dar bem na vida. Só que por outro lado, acho que as coisas seriam muito mais simples se os atos fossem mais baseados nas vontades do que nas possibilidades do que pode vir a acontecer.

É engraçado conversar com quem tem esse hábito de medir tudo que faz pensando nos outros. É tão engenhoso, uma forma de pensar tão cheia de artimanhas que eu fico pensando se essas pessoas não tem cansaço mental. Ficar pensando nas vantagens e desvantagens de um telefonema, de um sorriso, de um abraço, de um passo pra frente ou pra trás... ah, eu não sei ser assim não.

Ainda bem que eu tenho meus assessores.
(Ligia Helena - 16:12 - #)



Não é estranho e especialmente TRISTE você gostar de uma pessoa durante um determinado momento, admirá-la, desenvolver até uma certa dependência emocional por ela e depois de um tempo vocês se tornarem quase desconhecidos?

Porra, como isso me deixa triste.
(Ligia Helena - 10:37 - #)



2003 nem foi um ano fácil. Mas foi um ano em que minha vida mudou. E, muito engraçado, começou a mudar no meio do ano, logo depois do meu aniversário.

2003 foi um ano que começou, pra mim com desemprego, insatisfeita comigo mesma e com São Paulo, triste. Eu me sentia feia, eu me sentia infeliz, eu me sentia outsider, eu achava que teria de sofrer muito até conseguir terminar a faculdade e fugir daqui.

Em 2003 eu achei que fugir daqui seria a melhor solução.

Em 2003 eu ganhei e perdi amigos. Em 2003 a Karla foi embora, justamente pro lugar onde eu mais queria estar, e eu perdi o chão.

Em 2003 eu arranjei um estágio, meu primeiro estágio em jornalismo. Em 2003 eu me apaixonei, em 2003 eu quebrei a cara, em 2003 eu vi a minha ilha da fantasia afundar.

Em 2003 eu achei que eu deveria morrer.

Em 2003 eu acabei conhecendo uma nova família.

E agora, no final de 2003, eu já acho que a solução nem é fugir. Que a solução é encarar. É enfrentar. Que estar sozinha pode ser passageiro. E que pode doer, mas a gente aguenta, sem morrer nem nada. Que quando a gente menos espera, tem alguém pra abraçar. Pra te dar força, pra enxugar suas lágrimas. Mesmo que quem você acha que deveria enxugar as lágrimas não esteja nem aí. Vem alguém que supostamente não se importa e abraça, dá força e enxuga as lágrimas (eu estou falando de uma pessoa da minha faculdade que inesperadamente me ajudou no pior dia de 2003, pra mim. E só de lembrar da cena eu me ponho a chorar).

2003 foi um ano de catástrofes internas. De dramas pessoais. E eu saí ilesa. Mais forte, mais sábia, e com mais amigos do que quando o ano começou.

Sem sombra de dúvidas, mais feliz. Muito mais do que no início do ano.

E quem poderá me dizer que na noite é tudo muito superficial? Que na noite a gente não faz amigos? Quem poderá me dizer que as pessoas que a gente considera muito amigos não são só uma máscara? Quem poderá me dizer: "você nunca vai se decepcionar comigo, prometo". Quem?

Ninguém.

Porque em 2003 eu aprendi muito.

Termino o ano mais forte, mais sábia e mais feliz. Apesar dos pesares, 2003 é um ano que vai ser lembrado com carinho, e se Deus quiser, como o começo de uma nova vida.

Não sei se volto a escrever no blogue, eu não ando muito animada pra isso. Ele fica aqui, para quando me der vontade. Também ando meio lenta no Flocgel, mas aquele barco eu não abandono não. Além disso, tem o fotolog, lá eu tou sempre sempre. E é isso aí.

Feliz 2004 para todos nós. Que sejamos felizes. É isso que importa na vida.

=*

Li.
(Ligia Helena - 16:59 - #)



De Jogos e Cálculos

Eu não sei jogar. Eu não sei calcular. Não sei atuar. Eu sei agir de acordo com meus impulsos, que me jogam pra lá e pra cá e às vezes me levam a fazer coisas que muita gente recrimina, que muita gente acha feio, acha errado, acha ridículo, muita gente acha patético, mas é que eu só sei agir, não sei atuar.
(Ligia Helena - 04:28 - #)



SURREAL

Estava eu parada no trânsito da Avenida Rebouças quando um rapaz aravessa em frente ao meu carro. Atravessa, volta e diz: "PÁSSARA?! LIGELENA? BLOGUE?"

E aí o trânsito andou e eu fui embora. Quem é você, caro leitor?

(Ligia Helena - 15:34 - #)



Sábado e domingo de manhã, quando eu volto pra casa suada, descabelada, com o pé doendo, fedendo, com muito sono, eu fico pensando:

Quando que eu vou criar juízo?

Quando eu vou passar a ter palavra e realmente ir embora às 3h?

Quando que eu vou cansar de sair do Caravaggio e dar com o sol na minha cara?

Quando, meu Deus, quando?

Sério, me dá uma culpinha sair da Trash e ver o povo nos pontos de ônibus indo trabalhar. Especialmente no sábado de manhã.
(Ligia Helena - 18:03 - #)



Vi link pra esse site no blog do meu amigo indie Renatôncio... significado dos nomes.

LIGIA f
Variant of LIGEIA

LIGEIA f Greek Mythology, Ancient Greek
Derived from Greek ligus meaning "clear-voiced, shrill, whistling". This was the name of one of the Sirens in Greek legend. It was also used by Edgar Allen Poe in his poem 'Ligeia'.


Adorei? Aí fui procurar o tal texto do Allan Poe, tá aqui.

Se eu achar em português, publico.

Achei também um poema de Fernando Pessoa chamado Ligeia...

Não quero ir onde não há a luz,
De sob a inútil gleba não ver nunca
As flores, nem o curso ao sol dos rios
Nem como as estações que se renovam
Reiteram a terra. Já me pesa
Nas pálpebras que tremem o oco medo
De nada ser, e nem ter vista ou gosto,
Calor, amor, o bem e o mal da vida.




(Ligia Helena - 20:35 - #)



Confesso: estou ansiosa por 2004.

Não que 2003 tenha sido um mau ano (nem acabou e eu já falando no passado) nem nada disso, acontece que eu quero que acabe logo.

Quero que a semana acabe logo que é pra eu me jogar na Trash.

Quero que o ano acabe logo que é pra eu estreiar minha agenda linda e laranja de 2004 (eu ganhei em AGOSTO a tal agenda!)

Quero fazer resoluções de ano novo - adoro! Mas nunca cumpro - faz parte da tradição.

Todos meus planos pro reveillon caíram por terra. Na verdade, todos meus planos pro fim do ano caíram por terra, mas nem estou triste.

Vai ter Trash Natal no dia 25 (depois da meia noite já é 25, putada!), depois da ceia, e trabalhando ou não eu estarei lá. Será que vai ter Trash Reveillon? Se tiver, eu também estarei lá, trabalhando ou não. Tá que a cada fim de semana eu fico mais apaixonada por essa festa e pelas pessoinhas que lá frequentam? Ô coisa boa...

Se não tiver Trash Reveillon, eu devo ir pra casa da praia. Há MESES que não vou pra lá, e poxa... ficar lá me enche de paz. É muito bom.

E ainda é dia 08. Ô meu Deusinho, faz a terça-feira chegar logo que tem Trash Vila Olímpia... faz a quarta chegar logo que tem clube da Lolô... faz a quinta chegar logo que tem inauguração do bar do Luqui... faz a sexta chegar logo que tem Pop Trash Freestyle... e por aí vai. Faz o ano que vem chegar logo... que vem coisa boa por aí.

A*N*S*I*O*S*A.
(Ligia Helena - 04:19 - #)



Um fim de semana *acompanhado* pela Deusa só poderia ser perfeito.
(Ligia Helena - 03:30 - #)



Tá que eu confundo Chico MENDES com Chico XAVIER?

*

Hoje é a última prova desse semestre na faculdade. Meu Deus, como eu ABANDONEI a faculdade nesse semestre... quando vinha à aula, chegava na metade do horário, ficava quinze minutos e ia embora. Ai, a falta de paciência.

*

Ok, percebi que eu ainda não tinha contado aqui: além do estágio na editora, de segunda a sexta, meio período, agora eu trabalho na minha festa preferida. *Agora* é uma bobagem, há um mês que eu tou trabalhando na Pop Trash. Não é legal? É, é muito legal! É um dos motivos por eu estar assim Felizinha da Estrela.

*

Que mais? Hmn. Je ne sais pas qui je peut dire ici... je suis très fatiguée. Je veut dormiiiirrrrrrr.

*

Que hoje eu treinei um pouquinho meu francês tão enferrujado com a Cibele. Outro dia fui fazer um lançamento de livro numa galeria de arte e treinei um pouquinho meu inglês enferrujado com um japonês que estava por lá. Eu acho tão gostoso perceber que eu não morreria de fome nem em países lusofônicos, nem em países francofônicos, nem em em países anglofônicos, nem em países hispanofônicos...

*

Quanta bobagem. Eu não sei escrever, feliz. :)
(Ligia Helena - 20:53 - #)



Quando eu tou feliz não sinto vontade de escrever.

Até mais!

:D
(Ligia Helena - 03:16 - #)