...:Violently happy:...
Estou algumas dezenas de reais mais pobre e mas muito satisfeita, pois agora sou a feliz proprietária de TODOS OS DISCOS DO MORPHINE eeeeee :~~~~
Esse mocinho lindo d'além mar que me apresentou a banda, ano passado. Fiquei encantada, eles fazem um som maravilhoso, denso, lindo, com baixo, bateria e sax tenor. Inusitado, né? PRECISA OUVIR pra crer.
Mas o Mark
Chapman Sandman (de onde eu tirei CHAPMAN?!) morreu e a banda acabou (muito) antes do que devia. Agora o povo que era do Morphine tá com outra banda,
Twinemen. Se você gosta de Morphine, vale conferir.
Paguei a bagatela de 6 reais em cada um na Neto Discos. O tal do Neto é um cara legal, altas promoções, box de singles do Belle and Sebastian por 18 reais... mas esse eu não comprei.
COMPREI o Tigermilk. Ai, como é bom ter CD com encarte e tudo direitinho :~
Ai que fútil.
Foi estranho olhar para a porta e ao invés do vazio, ver aquela sucessão de formas. Altos, baixos, uns mais gordos, outros mais magros: todos os homens com quem me relacionei surgiram lá na porta do meu quarto.
Assim que o primeiro apareceu, esfreguei os olhos, mas ele não sumiu. Que diabos de alucinação era aquela, aquele garoto gorducho, sardento e sem nome olhando pra mim? E eu não tinha bebido nada, tinha acordado havia pouco, só tinha tomado o café da manhã.
Aos poucos o garoto sem nome foi mudando de feição. Os cabelos escuros e lisos se transformaram em aneizinhos louros, as sardas deram ludar às bochechas vermelhas e o corpo gorducho virou esguio.
Aí eu comecei a entender o que estava acontecendo. Praticamente um desfile pela minha porta. Flavios, Renatos, Rodrigos, Celsos, todos os mocinhos que, de alguma forma, mexeram comigo nestes últimos anos foram resgatados pela minha memória.
"Mas que retrospectiva maluca!", eu pensei. Não era nenhuma data comemorativa. Não eram os 10 anos do meu primeiro beijo nem nada disso. Talvez fosse a minha memória querendo sugerir que uma dessas histórias antigas pudesse se encaixar na minha realidade atual, mas não... quer dizer, até pode ter sido isso, mas ninguém se encaixava, ninguém.
Eu só sei que foi um tanto perturbador rever aqueles meninos. Alguns ficaram mais tempo lá, "materializados", outros sumiram assim que eu pisquei. Uns me fizeram rir sozinha, outros me trouxeram sensações que eu pensei terem ficado para trás. Alguns eu queria que me visitassem mais vezes, de outros eu queria me livrar. Pra sempre.
Mas o mais intrigante foi encontrar, no meio daqueles rostos tão íntimos, um garoto que só me deixou na vontade, até hoje. Que eu só alcancei em sonhos.
Ei guri, lugar errado. O que você foi fazer na porta do meu quarto?!
De tempos em tempos eu fico idealizando situações e pessoas, tipo quem eu gostaria que estivesse comigo agora, como amigo, como peguete, como namorado, onde eu gostaria de estar, o que eu gostaria de estar fazendo.
Aí eu cheguei a conclusão que na atual conjuntura o que eu queria era um peguete que tocasse violão pra eu cantar e que me fizesse massagem e cafuné.
Po, podia ser um peguete que tocasse piano pra eu cantar. Mto mais foda.
PIANO então.
Deusa.
Pois é, sabe aquela minha tristeza?
Tá passando.
Assim, aos pouquinhos, porque em mim até a tristeza é preguiçosa, vai embora de va gar zi nho... às vezes volta pra tomar uma água, diz até logo e volta... mas eu acho que ela tá indo de vez. É muito bom nessas horas de tristeza perceber que tem gente que se importa, e mais, perceber que tem gente pra quem você pode chegar e falar: "ó, tou triste" e receber em troca carinho, ou então piadinhas pra tentar te acalmar, músicas felizes, compreensão ou até mesmo puxões de orelha.
Eu não consigo me fechar quando tou triste. Não sei mais ir pro meu quarto e chorar baixinho, como eu fazia quando era criança. Porque eu simplesmente NÃO ACHO JUSTO eu ficar triste, eu acho que eu não mereço, que eu mereço ser a mais feliz do mundo com um sorriso sempre estampado na cara.
Mesmo com o mundo caindo na minha cabeça, noutros tempos, eu mantive minha
joie de vivre, e não era pose não, nunca foi, é que nada nunca me pareceu tão triste que fosse capaz de me derrubar.
Mentira, já pareceu sim. E eu caí. Mas no dia seguinte me levantei, sacudi a poeira e dei a volta por cima, como já dizia o Vanzolini. Só que dessa vez eu tava começando até a ficar com dó de mim. E tem coisa mais escrota que sentir dó de você mesma?! "Ai coitadinha de mim, tão sozinha, tão sem perspectiva, tão sem rumo, tão largada". ORA. Vá a merda, com todo respeito, Ligia Helena. Não te iluda, procura o caminho do meio, corre atrás, levanta a cabeça, faz essas coisas que recomenda a todos que vem procurar teu colo! Por que não vale pra você também? Enxuga essas lágrimas e LEVANTA, pazza. Não esquece que você pode tudo, sempre.
Ora.
Goddess.
Quero expressar minha imensa gratidão por dois meninos muito bacanas e queridos e que sabem muito de música. Um me apresentou
Damien Rice, e eu nunca saberei como retribuir a altura essa gentileza que ele me fez, e o outro me alegrou com Raindrops Keep Falling on my Head na versão do
Manic Street Preachers.
São eles
Jonas e
Edu, respectivamente.
MUITO grata.
(E além de serem ferões e me apresentarem lances legais, eles ainda tem blogs óptimos e escrevem muitíssimo bem, visitem)
Conselho de amiga: não remexa no seu passado.
Na verdade, não remexer no passado é difícil, então pelo menos não seja burro como eu fui. NÃO REMEXA NO SEU PASSADO OUVINDO MÚSICAS TRISTES como eu fiz.
Tou triste.
CARACA mto triste.
Vou parar ficar aqui
Não olhar ver você assim
Não vou morrer
Não vou matar
Nem sorrir muito menos vou chorar
Por você,
por ninguém
Por você
por ninguém
nem por mim
Deixa estar que tal mentir
E guardar o melhor pra mim
Não vou morrer
nem sequer me abalar
Nem sorrir nem ao menos vou chorar
Quando você não mais, não mais...
Não vou morrer,
nem sequer me abalar
Nem sorrir,
nem ao menos vou chorar
Mas acredite,
meu coração ainda sabe fingir
Por alguém que é ninguém,
que é ninguém
Por alguém que é ninguém prá mim
(Música triste)
DESAPEGO
Desde pequeno a gente tem de exercitar o desapego. Pode reparar: é o bichinho de estimação que morre, e a gente que gosta tanto do bicho passa a ter de viver sem ele. Ou então é aquela boneca, já sem um olho e sem uma perna, que, contra nossa vontade, a mãe joga fora. A gente tem de acostumar a brincar sem ela.
Acontece que por mais que se exercite o desapego, sem perceber caímos numas ciladas da vida. Por mais que a gente se acostume a perder, de vez em quando a perda dói, dói mais que o habitual.
Acho que a dor maior é quando você nem imagina que seria possível perder. Um lugar que você gosta de frequentar, um hábito, uma pessoa em quem você acredita que pode confiar cegamente, um lugar onde você guarda coisas preciosas. Um sentimento que você acha que nunca vai acabar, que nunca vai mudar, que só pode crescer... vá se desapegar desse tipo de coisa!
Dói, dói muito. Tira seu sono, sua fome e faz com que você adquira manias loucas, sinta ciúmes doentios, faz com que você antecipe os fatos e sofra pela antecipação. Faz com que você sofra por sentir-se tão burro por não conseguir ser desapegado como aprendeu desde criança.
Faz querer que o tempo volte e que sua mãe jogue junto com a boneca perneta e caolha todas as suas Barbies no lixo, para sofrer MESMO, desde pequena, para quando velha e BURRA já estar acostumada a perder o que há de mais valioso. E engolir o choro.
Sabe, eu nunca tive uma Barbie Noiva.
Voltei do Guaraú. Lá estava tudo ótimo, dias lindos, céu azul, vento gelado, sol fraquinho, praia deserta, um bom livro pra ler, rede, montanhas verdes, cheiro de mato, visitas inesperadas causando reações imprevisíveis no meu pobre coraçãozinho.
Adiei minha volta para São Paulo 3 vezes. Mas tive de voltar.
Perdi, pela 4ª vez seguida, a Parada do Orgulho, por não estar em São Paulo. Mas ano que vem eu vou!
Nesse meio tempo fui citada, ora vejam vocês, no blog do
Glauber. Ele fala sobre minha bela interpretação para o clássico SMELLY CAT de Phoebe Buffay. Sim, ele tem uma versão exclusiva, da época em que eu cantava
pior. Hoje em dia eu canto um poquito menos pior do que naquela época. E não gravo mais versões toscas de músicas legais pra NINGUÉM. :D
Aliás, esses dias na praia serviram para eu cantar muito, sem incomodar ninguém. Só os cachorros. Mas eles não reclamam.
Escrevi bastante também, o que quer dizer que eu tenho coisas para postar durante algum tempo, tanto aqui quanto no
Floc.
Enfim. Voltei. Mas morrendo de vontade de fugir pra praia de novo. :P
Ainda reminiscências
Quando meu irmão era pequeno, bem pequenininho, coisa assim de algumas dezenas de centímetros só, eu ainda não existia. Ele devia ter um ano, um ano e pouquinho. Um bebezão louro. Ele tinha só esses poucos centímetros e essa pouca idade e teve uma inflamação no ouvido. Essa inflamação melhorava, piorava, melhorava, piorava, mas não era curada de jeito nenhum. Imagina aquela coisa pequenina e fofa sofrendo por causa da inflamação, que coitadinho?
Aí o "tio" Wagner, que era o pediatra dele, recomendou à minha mãe que arranjasse um lugar bem legal, limpinho, podia ser no campo ou na praia, onde meu irmão pudesse ser uma criança livre, leve e solta e saudável longe da poluição e sujeira paulistana. Assim ele poderia melhorar da inflamação. Não sei se isso tem algum fundamento científico ou se o "tio" Wagner era um médico meio hippie. (Dr. Merino, por gentileza?)
O fato é que meus pais, seguindo o conselho do tio Wagner, foram procurar este lugar limpinho e bacana onde meu irmão poderia correr nu e comer areia. Encontraram uma vilazinha escondida depois de uma montanha, na cidade paulistana de Peruíbe. O nome da vila? Guaraú.
Na época, lá pelos idos de 1980, não havia nada por lá. A iluminação pública era precária, quase não havia veranistas, havia sim muitos caiçaras e alguns aposentados. A estrada que ligava Peruíbe ao Guaraú era bastante precária, e até mesmo por isso, a praia era limpa e deserta. Era exatamente o que meus pais precisavam. Compraram um lote localizado a dois quarteirões da praia e começaram a construir.
O dinheiro não era muito, então construiram o que deu: um quarto, uma cozinha e um banheiro. Ao invés da sala, teriam uma bela varanda com redes, e um gramado imenso. Um amigo de meu pai, o Nelson, topou construir junto, a casa ao lado, igual à nossa. Então eles construiram, e logo minha família era a feliz proprietária de uma casa na praia. Era pequena, feiosa, mas conforme o dinheiro fosse aparecendo, ia-se construindo uma casa maior, uma casa de verdade.
Meu irmão logo sarou da inflamação no ouvido, o tio Wagner deu um bom conselho. Minha mãe logo ficou grávida de mim. O Nelson já tinha 3 filhos, o Alê, a Maíra e o João. Meus pais tinham o Pedro, e eu na barriga. Um ano depois, veio a Julia.
Desde que me conheço por gente, férias era sinônimo de ir pro Guaraú. Dormíamos todos amontoados na rede, ou então todos amontoados no quarto, ou então, quando ia a família inteira, primos, tios, avós, dormíamos todos amontoados nas redes, na varanda, na cozinha, no quarto, na casa do vizinho até. Era uma grande bagunça. No final da minha rua tinha um rio onde minha mãe nos deixava nadar sozinhos. Aliás, desde criança, nunca precisamos dos pais pra levarem a gente na praia. Íamos sozinhos, enfrentando os urubus que ficavam nos montinhos de lixo esperando o caminhão de Peruibe ir buscar.
Quando chovia era uma desgraça: poças d'água imensas nas ruas de terra, a instabilidade do fornecimento de energia elétrica e o tédio. Meu pai era especialista em entreter a gente com suas histórias e a "Rádio Cultura do Guaraú" que ele criou numa tarde dessas e que irradiava as últimas fofocas, inventadas por ele, do nosso cantinho na praia. As rimas infames que nem todos nós, na pureza infantil, entendíamos. Quando juntava a minha família e a família do Nelson, aí sim era uma farra. Muitas crianças, muitos jovens, bagunça.
Aprendi a jogar buraco lá, aprendi a pegar jacaré, a pescar siri, vi muita cobra no gramado de casa... conheci muita gente, gente que tá lá até hoje, gente que passou, como uma família espírita de Goiânia que me fez respeitar o espiritismo e todas outras religiões. Ouvi muita história de pescador, história de caiçara. Já me perdi muito pelas trilhas e ruazinhas do Guaraú, já ganhei muito picolé grátis por causa de palitinho premiado. Tantos verões sem ter nem papel nem caneta pra escrever, sem TV, sem telefone... devorando livros e pensando na vida, ouvindo rádio e papeando. O tempo parecia passar mais devagar lá :)
Durante um tempo, quando eu e meus irmãos entramos na adolescência, a gente deixou a casinha do Guaraú meio de lado. Não tinha graça ir pra lá e não poder levar a turma... e ir com os pais era o fim! Foram muitos anos sem dar as caras por lá. E todo esse tempo passou sem a gente ter dinheiro para aumentar a casinha, ou reformar...
Aí ano passado a minha mãe resolveu aproveitar o embalo das obras daqui da casa de São Paulo e construir no Guaraú. Ai que dor, demolir aquela casinha que recebeu a gente durante tantas férias... mas valeu a pena. Depois de 9 meses de obra, tá pronta a casa! Nove meses de obra e 23 anos de história! Nesse feriado a gente vai inaugurar a casa, ainda num clima de acampamento, colchão no chão, sem móveis... mas tá lá!
Então, por isso, nada de posts nos próximos dias. Que eu vou estar lá, na minha vilinha, sem TV, sem computador, sem telefone. Devorando livros, escrevendo à mão, tomando solzinho no fim da tarde, contemplando o mar cinza do litoral sul. Dando as boas vindas à nossa nova moradia e lembrando com saudades da antiga.
Quando a casa estiver 100% podemos fazer um Beach Bloggers, hum? Nabs? Klein? Banheiro? Karlota? Bloggers? Alguém? :~
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Devo voltar no sábado à tarde, ou domingo de manhã. Tem Parada do Orgulho, e esse ano finalmente eu vou! Se alguém quiser ir, deixa msg no icq, manda email, recadim aqui no blogue, me avisa de alguma forma :D
Faz tempo que eu não passo pela rua. Quer dizer, passar eu passo todo dia, mas faz muito tempo que eu não piso na rua como eu pisava antes, descalça, a sola do pé cascuda e preta, correndo descalça no asfalto atrás da bolinha de tênis que o seu Zé dava pra gente jogar taco. A roupa toda imunda, o cabelo sempre preso, cheio de nós, quem queria saber do cabelo? A vida era correr atrás da bolinha de tênis.
Um dia inventamos de jogar baseball. Ninguém sabia as regras, então inventamos as nossas. Fizemos umas 5 bases com sacos de areia surrupiados de uma casa em construção, e na nossa cabeça tínhamos um campo de baseball, os pedaços de madeira que usávamos no taco viraram nossos tacos de baseball, a bolinha de tênis que antes rolava pelo chão para derrubar a casinha agora zunia pelo ar. Lembro de quando a Bruna acertou com o taco na testa do Alexandre. Achei que o Alê fosse matar a Bruna.
Às vezes a gente brincava de esconde esconde. Confesso, já era menina crescida e brincava de esconde-esconde, de pique, jogava vôlei na rua. Jogávamos "3 dentro-3 fora", ou "linha", futebolzinho malandro onde o portão era nosso gol. Eu fazia 25 embaixadinhas sem deixar a bola cair, era o recorde feminino da rua. Teve a vez em que os meninos estavam jogando futebol no portão de uma casa vazia. A bola foi alto, acima do portão, e meu irmão para evitar que ela caísse na casa vazia, acabou se espetando na lança do portão. Foi quase 1 hora pendurado no portão, quase 50 pontos no braço, quase uma mãe enfartada.
Teve também as primeiras paixões, os meninos de skate, aquele skatista loirinho que eu conhecia desde pequena e que um dia me pareceu mais que o amigo do meu irmão. Que um dia me puxou num canto e cantou um trechinho de Wish You Were Here. A gente ficou juntos umas 3 vezes, e eu fiquei apaixonada por ele uns 2 anos. Escrevia poemas. Joguei todos fora. Me arrependo.
Lembro das vezes em que o Dudu, "bem mais velho" - devia ter uns 18 anos - me disse que um dia os meninos da rua que me esnobavam iam gostar de mim. Eu deixei de frequentar a rua antes que isso acontecesse, os meninos que me esnobavam também. Hoje em dia nossa relação se limita a um tchauzinho de longe quando eu passo apressada de carro.
Nas noites de inverno a gente fazia fogueira. Os meninos uma vez cataram um sofá no lixo, até que tava inteirinho o sofá, e a gente ficava a madrugada inteira esparramados lá, pertinho da fogueira, conversando, contando causos, ouvindo música. Quando a mãe da Bruna deixava, ela descia com o violão e a gente ficava cantando. Lembro de como eu me sentia adulta. Da preocupação dos meus pais por estar com gente "bem mais velha". Lembro das vezes em que ficávamos lá no sofá, perto da fogueira, horas a fio olhando a coruja pousada na árvore, girando o pescoço pra lá e pra cá. Ave curiosa, a coruja, misteriosa, sempre gostei.
Amora, goiaba e uma frutinha muito esquisita que até hoje eu não sei o nome. Limão. Cogumelos, muitos, mas esses a gente nunca comeu e nem fez chá. Erva doce, erva cidreira, pisar no formigueiro pra ver os ovinhos. Planta dorminhoca, que fechava as folhas quando a gente encostava. Corrida até a esquina. Volta no quarteirão de patins. Joelhos esfolado inúmeras vezes.
E a memória mais antiga que eu tenho da rua, quando o rio que passa aqui em frente de casa estava ainda sendo canalizado, e aqueles tubos imensos de concreto ficavam na praça... eram nossas casinhas de bonecas. O dia em que minha irmã esqueceu a boneca dela no tubo e um moço quase levou embora.
Ainda bem que minha mãe viu e saiu correndo atrás do moço.
Imagina? Sequestro de boneca numa infância tão perfeita como a minha? Ia ser traumatizante.
TOP 5 músicas pra dançar da semana ou top 5 músicas "toque numa festa e faça Ligia feliz demais"
Walk the Walk -
Poe dá vontade de sair pulando e socando alguém, acho que a Joam ia amar essa música
Not a Virgin -
Poe heh quando meu winamp diz "I'm not a virgin anymore / I just thought you should know (...) You can call me what you will / Call me a slut call me a jaded pill / But darlin I've got your number now" eu não consigo ficar parada. Dessa eu acho que a Juia ia gostar.
Fever -
Madonna porque é a deusa, porque é muuuuito sensualmente dançavel, porque tem uma letra delícia de cantar junto e porque aplaca a porradaria das duas outras.
El Sol -
Zwan porque aqui em casa, na minha sala, eu faço air guitar sim, e daí?! :P
Carolina -
Seu Jorge porque eu sou paulistana mas sambo assim, sambo assim.
Acho que meu gosto por dançar é proporcional ao meu gosto por cantar. Meu talento para dançar também é proporcional ao meu talento para cantar: praticamente nulo. Mas ambas as coisas eu faço sem vergonha aqui em casa. A diferença é que eu danço mais escondidinho (se bem que às vezes mesmo com meu pai na sala eu brinco de ballet moderno, rolando pelo chão. Quando crianças vêm aqui em casa eu faço elas rolarem junto comigo.) Adoro dançar.
Adoro dançar até perder a noção e sair me jogando contra a parede. Adoro dançar berrando a música. Coisas que eu procuro fazer só aqui em casa. :P
Ontem eu fui à
Funhouse ver
Ludov.
Po, eu já disse aqui que eu DETESTO a Funhouse?
Detesto mesmo. Aquele lugar me deixa mal, aqueles posers horrorosos, fumaça, muita fumaça que faz meus olhos quase saltarem da órbita e rolarem pelo chão, shows que poderiam ser bons mas que são seriamente prejudicados pelo som de lá que é uma droga, pista cheia de pessoas encostadas na parede de braços cruzados, é uó demais. Mas mesmo detestando, volta e meia eu vou até lá, geralmente para ver shows de bandas de amigos ou de bandas que eu gosto muito.
Pois ontem eu fui. E foi surpreendentemente bom! O som não tava tão ruim (ou vai ver que por todo mundo conhecer todas as músicas e cantar junto, os lances soaram melhor?), eu fui com gente muito querida e até a discotecagem depois do show foi fera, com o Mauro do Sala Especial mandando muito. Tocou Brimful of Asha do Cornershop que eu não ouvia há décadas! Tocou Paperback Writer! Gaaaaah. Dancei demais.
Então mais do que o lugar, o que importa são as companhias.
O show do Ludov foi maravilhoso mas isso é óbvio demais pra eu ficar comentando.
Fiz um albunzinho de fotos com algumas das fotos de ontem, aqui,
ó.
Pedroooooooo,
Wiccaaaaaa, olha que MUITO LEGAL isso que o meu amigo DIZÁIN E ARTISTA E
PALHAÇO Fesoca Nando Rocha fez pra mim!
E lagriminhas surgem no canto do meu olho de pretensa fotógrafa. :~
Hoje eu não vou ao
Mondo'77. I'm not in the mood.
Semana de provas acaba com minha auto-estima, minha autoconfiança e meu humor. Quem me vê no final de uma sexta feira de uma semana de provas vê alguém destruída, só o pó, terrívelmente fragmentada, incapaz de sequer conversar decentemente. Semana de provas, com 2 ou 3 provas por dia é uma crueldade. Que dividissem as provas em duas semanas, ou que fizessem a semana de provas começando na quarta feira e terminando na terça seguinte... porque esse MASSACRE é muito cruel.
Desde meu primeiro ano na faculdade que a última prova da sexta feira é prejudicada, eu nunca desenvolvo as idéias como desenvolveria se a prova tivesse sido aplicada na segunda feira. Mal consigo refletir sobre os temas propostos. Minha vontade é entregar logo aquela joça e me livrar daquilo. Como eu fiz agora. Eu tinha uma hora e meia para fazer a prova, fiz em 20 minutos. Lingüística. Fui mal, muito mal. Poderia ter ido melhor, se eu não estivesse de saco tão cheio dessas porcarias de provas.
"Ai, que menina amarga".
Pois é.
Por isso que nem vou ao
Mondo'77 hoje. I'm not in the mood. Lá não é o lugar adequado pra ficar de cara amarrada.
Débora e eu e a Débora e eu.
Quando eu conheci a Débora, eu namorava e ela também. Aí ela terminou com o namorado dela de então, e eu segui namorando. Ela passou um tempão solteira, e eu namorando. Aí ela começou a namorar outro cara, e eu continuei namorando, continuei, até que eu terminei meu namoro, mas ela continuou namorando o outro cara, e eu solteira.
Isso durante 3 anos.
Aí agora, acontecimento inédito: Débora e eu estamos solteiras SIMULTANEAMENTE. A night de São Paulo jamais será a mesma.
Arrã. Porque a gente vai sair pegando geral
Arrã.
Olha só como nós somos fatais:
ARRÃ.
Que engraçado, depois que eu troquei o layout mais gente passou a visitar aqui meu diarinho. Quer dizer, eu não sei se mais gente passou a visitar, porque eu não tenho contador, porque eu não quero ficar neurótica com isso como eu fiquei durante um tempo com o
Flocgel - oh meu deus, muita gente visitando, ai que medo, gente que eu nem sei quem é. Mas pelo menos mais gente passou a comentar.
Eu tive um período de *ai, quem será que tá me lendo* sério há uns tempos atrás, mas foi com o Floc mesmo. É que muita gente que eu fui conhecendo já conhecia o Floc! Gah, aquilo começou a me apavorar, as pessoas já tinham acesso a opiniões, aspectos da minha vida que sei lá, que na minha cabeça eu tava contando para as outras 11 ou 12 amigas e mais ninguém.
Claro que eu sempre tive consciência de que aquele blog era acessível para todos, mas eu achava que as pessoas não se interessariam, ou ao menos que eu não as fosse conhecer depois. Bobagem. Assim como eu me interesso por zilhões de blogs e posso vir a conhecer seus autores, isso pode acontecer comigo - e já aconteceu algumas vezes.
(Aliás, aproveito pra pedir mais uma vez: se um dia você me vir na rua, me reconhecer e sentir vontade de falar comigo, vá até a mim, se apresente e pronto, conversaremos! Agora se um dia você me vir na rua, me reconhecer e não sentir vontade de falar comigo, POR FAVOR, não venha aqui no blog comentar "ei, te vi, você tava de blusa rosa e calça azul", dá medo.)
Talvez até alguém da minha família leia isso, meu pai vive brincando de procurar a gente no Google... Oi pai! Essas coisas que eu escrevo nem eram pra você ler, então se você lê, continue fingindo que não lê, tá? Vamos evitar constrangimentos desnecessários. Isso serve para o restante da família, primos distantes de Bernardino, Ourinhos, Piraju, Londrina, EI, VOCÊS OFICIALMENTE NÃO LÊEM ISSO.
Eu não tenho vergonha do que escrevo aqui, até porque eu acho que sei dosar, eu não me exponho TANTO assim. Eu queria poder me abrir mais, mas mesmo inconscientemente me censuro, omito nomes, partes de histórias... não pensem que seria legal se eu expusesse tudo - não há nada assim bombástico na minha vida, então as omissões são apenas para preservar outras pessoas.
Mas eu não estava falando disso, eu estava falando sobre a troca de layout. Eu andava mesmo meio cansada daquela escuridão dos layouts antigos, tanto o que tinha a passarinha, que foi cruelmente engolido pelo Blogger, quanto o da boca, que foi uma espécie de estepe enquanto eu não preparava um novo. Eu AMO aquela foto da minha boca, mas tava muito lasciva, né? Não é a intenção do meu bloguinho. Além disso, no layout antigo, a fonte era muito pequenina, devia ser cansativo pra ler... e dava problema no
Safari do meu querido
Edu - ele é um dos visitantes mais assíduos, tem que prestigiar, né? Ficou mesmo mais bonito, ficou mais prático, mais funcional, ganhou muitos elogios... é isso aí. Gostei.
O fato de ter ficado mais bonito leva as pessoas a ficarem mais motivadas pra comentar? Porque vou te falar, o fato de ter mais comentários me faz pensar mais antes de escrever, parece que eu tenho responsabilidade de não escrever inutilidades, de não encher o saco dos visitantes... alguém se sente assim tbm com relação a seus blogs? (Incrível como AINDA ASSIM eu fico aqui escrevendo inutilidades). Quando não tem comentários me dá a impressão de que ninguém tá lendo, aí eu me sinto mais a vontade para de repente postar "Ai tou cansada" e pronto. Agora que vocês estão lendo e comentando, eu fico pensando até em TEMA. Heh.
Ouvindo - Elvis Costello e Burt Bacharach - My Thief - Muito boa dica do Carlão. :D
FELIZ (?) DIA DOS
CREEPS!
E se você, amigo leitor, amiga leitora, padece da falta de um provedor e destinatário de presentes neste dia, não se aflija.
Minha querida amiga Fli escreveu um texto que vai te fazer pensar bastante. É extenso, mas vale cada minuto da leitura. Duvido você não virar fã da menina Alexim depois disso.
Tá lá no meu, no seu, no nosso
FLOCGEL.
:~
Coisas que fazem dessa semana uma semana ruim:
- provas todos os dias, às vezes 2, 3 provas por dia.
- trabalhos pra entregar - muitos e alguns complexos e alguns que me obrigam a ir fazer lá na Faculdade, o que é definitivamente uó.
- falta de dinheiro que me impede de fazer planos legais para o feriado. Quer dizer, os planos eu faço, eles só não são executáveis. :P
- É a semana dos namorados e isso me deixa meio irada. Mas aí quando eu me iro eu lembro que minha amiga Fli escreveu um texto SENSACIONAL sobre o tema que me conforta bastante, e que todos deveriam ler - em especial quem não tem namorado(a), mas também quem tem. O texto será publicado no
Flocgel dia 12, não percam.
Coisas que fazem dessa semana uma semana boa:
- É a última semana de aula.
Como vocês podem ver, essa semana tem muito mais aspectos ruins do que bons. Eu tou absolutamente completamente dos pés à cabeça NHÉ. Sem paciência e carente e chata e mimimimimimimimimi. Se alguém quiser me ajudar a sair desse estado deplorável é só depositar dinheiro na minha conta. Me fará muito bem.
Grata.
My sis' is a nerd
Estávamos batendo papo pelo ICQ e apresentando músicas legais uma para a outra:
[Lela] qd acabar aqui eu te passo duas e depois vc me passa as outras, please?
[Lija] Sim sim sim :) E viva nossa conexão
[Lela] eu GOSTO de te passar arquivos, eh muito rapido huauha
[Lija] Hahahahahahaha mas que frase NERD!
[Lela] to emocionada com a rapidez da conexão... Juro! huauha
Comassim se emocionar com uma conexão rápida? Comassim GOSTAR DE PASSAR ARQUIVOS?
Hahahaha i love my sis'.
Top 5 pessoas narigudas e bacanas
- Daniel Day Lewis
- Gisele Bundchen
- Meu muso o_O
- Tom Cruise
- Adrien Brody
Top 6 homens bonitos de barba (
né?)
- Gabriel Braga Nunes
- Caco Ciocler
- Brad Pitt
- amigo da Rachel
- outro amigo da Rachel
- amigo meu e da Rachel.
Top 3 nomes bonitos que eu colocaria em uma possível filha minha
- Cecília
- Luiza
- Joana
O fato de serem músicas do
Chicão e do
Tonzão não é mera coincidência. É uma alegria ter nome inspirado neles. :~
Top coisas que me tiram do sério:
- Chamar aquele queijo em pó de saquinho de parmesão ralado
- As MP3 do meu irmão (comassim com um MUNDO de músicas pra ele baixar, ele tem aqui só pérolas como Hotel California, What I Got e We Are the Champions? PO, essas coisas a gente ouve no rádio!)
- Erros crassos de português. Tipo "ah, esse problema é com tigo, tá?" :P
- Meu pai dando indiretas para mim falando com o cachorro
- minha mania de procrastinar TUDO.
Top 5 pessoas que me impedem de dormir cedo.
1 -
Nátch (todos os dias)
2 -
Rach (às segundas e quartas)
3 -
Juia (eventualmente)
4 - Merino (eventualmente)
5 -
Cinha (eventualmente)
MAS ISSO NÃO É UMA RECLAMAÇÃO. É só uma constatação. :)
Então eu tava revendo umas fotos.
Chuinfe
Então, né? Eu tava revendo umas fotos. Ai, como eu gosto delas. Eu tava revendo umas fotos em que pessoas queridas, que agora estão longe de mim, aparecem. Eu tava revendo umas fotos que me lembram momentos muito felizes. Eu tava revendo umas fotos do povo da faculdade, é engraçado como as pessoas mudam em pouquinho tempo, e como os sentimentos podem mudar também.
Mas as fotos não mudam. E aí é engraçado como quando a gente vê uma foto antiga, o sentimento antigo dá uma remexidinha dentro do coração, né?
Caraca, tou com uma rachadura no lábio que tá SANGRANDO HORRORES.
Ninguem merece.
Hoje o
Flocgel faz um ano.
Um ano de bagunça naquele clube da luluzinha. Eu tenho muito orgulho de ter dado o pontapé inicial naquele blog. Toda vez que alguém elogia o Flocgel eu fico muito, muito feliz. Porque tinha tudo pra dar errado. Muita mulher junta num lugar só geralmente não funciona. Mas por incrível que pareça, nesses 365 dias, nunca houve uma rusga sequer. convivemos as 12 em harmonia. E já fomos 13!
Lá a gente desabafa, dá nossas opiniões, elabora teorias, discute, se diverte... cada uma a sua maneira, colabora pra fazer do Flocgel um lugar gostoso pra gente e atraente pra quem visita. A gente tem fases mais e menos inspiradas, mais e menos bobas, mais e menos descrentes nos homens e na vida, mas continuamos lá, firmes e fortes. E adoro o Floc.
Um dia o querido Merino e eu estávamos conversando sobre como seria legal se o Floc durasse muitos e muitos anos, e a gente continuasse lá escrevendo... daqui uns anos, a gente falando sobre os filhos, a menopausa e tal, ao invés de falarmos sobre peguetes e menstruação. Seria divertidíssimo. Mas eu já vou ficar muito contente se puder comemorar 2 anos de Flocgel, em 9 de junho do ano que vem.
Parabéns ao Floc e a todas as Floquetes que eu amo de paixão.
Layout novo. Ainda tou fazendo os últimos ajustes, qualquer probleminha que vocês detectem, favor me avisar.
:)
você pega o trem azul o sol na cabeça o sol pega o trem azul você na cabeça o sol na cabeça você pega o trem azul o sol na cabeça o sol pega o trem azul você na cabeça o sol na cabeça.
Cresci ouvindo Elis e hoje quando eu ouço rolam lagriminhas, que coUsa. Ela morreu antes de eu nascer. Gostaria de ter assistido a um show dela, nem que tenha fosse na barriga da babãe. Vou perguntar a babãe se isso aconteceu.
Elis.
:~
O bloquinho e as tatuagens
Eu gosto de ter sempre à mão algum papel onde eu possa escrever. Não pensem vocês que é escreveeeer escrever. É papel pra rabiscar, desenhar, posso passar horas distraída com uma caneta e um papel. Outro dia eu tinha de esperar um documento ficar pronto no escritorio, queria rabiscar, não tinha papel na minha bolsa, peguei guardanapo na copa e escrevi horrores.
Quando eu me lembro, coloco um dos meus bloquinhos na bolsa. Eles são repletos de anotações, diagramas, esquemas, desenhos, listas, textos, notas de aula, notas de entrevistas, de palestras, coisas assim. Quem pega esses meus bloquinhos sempre se diverte folheando. Letras de músicas, poesias, e muitos "Ligia" e "Helena", que eu adoro escrever meu nome (egocêntrica sim, e daí?!), além de tudo que eu já listei acima.
Hoje na aula de Jornalismo Econômico eu saquei meu bloquinho da bolsa pra rabiscar. Aí olhei pra frente e vi que a guria da minha frente tinha uma tatuagem de borboleta no cóccix. Aí eu resolvi fazer a minha lista de tatuagens que farei assim que tiver dinheiro.
São 5, são pretas, e são em lugares escondidinhos-pero-no-mucho. Das 5, só uma que eu ainda não defini muuuuito bem o desenho. Mas são 5. Aguardem. Quem sabe esse ano ainda eu não faço, pelo menos umazinha?
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HOJE
Hoje um amigo meu perguntou pra mim se eu beijaria uma mulher.
Eu fui muito sincera e respondi "não sei".
Ele ficou de queixo caído, literalmente. Eu acho que uma resposta como essa não deveria impressionar mais NINGUÉM no mundo. E eu acho que NINGUÉM pode responder com 100% de certeza: "não, eu jamais beijaria alguém do mesmo sexo que eu". Porque eu sei lá o que vai ser amanhã! Eu sei lá se daqui uns anos eu não vou me apaixonar por uma garota! Eu sei lá!
EU NÃO SEI!
E eu sei que na verdade ninguém sabe.
EI, VOCÊ CONHECE
DEVICS?!
É, Devics. Uma banda. Uma banda que toca meu coração. Ridícula essa frase, mas realmente as músicas deles mexem muito muito comigo.
Essa moça loura tem uma voz absurdamente maravilhosa, e as músicas são envolventes e rola um piano foda de bom, e nah, eu não sei escrever resenhas. OUÇA. OUÇA. No site tem
MP3, e eu recomendo fortemente que vocês baixem e ouçam My Beautiful Sinking Ship e Living Behind the Sun. Se você gosta de pj harvey, se você gosta de Portishead, se você gosta de Fiona Apple, se você gosta de boa música com vocais femininos, se você gosta de músicas meio soturnas, se você gosta de música boa. OUÇA. BAIXE E OUÇA, ONTEM.
Em Living Behind the Sun ainda rola um lance muito foda no finzinho... um diálogo em francês desesperado a partir dos 3'57''. Foda. Je t'aaaaaaiiiiiiimeeeeeeeeeeeeee.. je t'aaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaiiiimeeeeeeeeee... e emenda com peresoso, foda, foda. Eu não sei escrever resenhas. OUÇA. BAIXE E OUÇA.
ENTÃO DAQUI A UMA SEMANA, É DIA DOS NAMORADOS.
E quem se importa? Nos anos 90 eu não costumava me importar. Nem nos anos 80. Em 2000, 2001 e 2002 eu passei acompanhada, então me importei, dei presente, ganhei presente e tal. E agora? E agora, depois de 3 dias dos namorados acompanhada, como será que vai ser neste ano?
Eu gosto de ser solteira, exceto nos dias em que me dá vontade de ter alguém pra ficar nhem nhem nhem abraçadinha fazendo e recebendo carinho e assistindo coisas bobas na TV e comendo pipoca e tomando cappuccino e passeando de mãos dadas, viajando para a praia aos finais de semana, fazendo planos para o futuro e batendo papo e telefonando e fazendo cafuné, e dormindo e acordando juntos e fazendo sexo na hora de dá vontade e tal.
É bem de vez em quando que me dá essa vontade. Eu gosto de ter liberdade pra fazer o que me der na telha e namorando eu não consigo ser assim, não sei ser desleal, infiel, essas coisas todas.
Só que eu tou com medo desse dia dos namorados ser triste pra mim. Bah. Eu tinha até combinado com um guri de a gente se encontrar no meio do caminho entre a casa dele e a minha casa e passarmos um dia 12 de junho fazendo sexo selvagem pra provar ao mundo que alguém nos deseja e que a gente tá sozinho por opção, mas lembrei que dia 12 eu tenho prova e não posso falta a aula. Desculpa amigô, eu sei que você vai ler isso, não vai rolar dia 12, mas depois começam minhas férias e a gente pode combinar. Hohohoho
Já sei. Se eu ficar down no dia 12 eu vou pensar que em situação pior estão os otários por quem eu me apaixonei nos últimos tempos e que não me quiseram, eles perderam a chance de ter uma namorada sensacional! (Não vem ao caso o fato de nenhum desses garotos ter sabido que eu estava apaixonada, TÁ?) Porque eu sou uma namorada sensacional! Meu ex-namorado poderia atestar isso, se ele não estivesse sem falar comigo direito desde que terminamos.
MAS ENFIM. Dane-se. Eu não vou arranjar mesmo um namorado até dia 12. Daaaane-se. Eu nem vou ter tempo de lembrar que dia 12 vai ser dia dos namorados... só quando eu passar em frente ao FELIZ 2003 e vir a fila de carros (porque perto da minha faculdade tem um motel que muda de nome todo ano... ano passado era Feliz 2002, esse ano é 2003, ano que vem 2004 e assim por diante).
Aliás, que mania essa de passar dia dos namorados no motel, parece que é a única vez no ano em que as pessoas fazem sexo, pft.
Semana que vem é dia dos namorados. Quem se importa? Aliás... quem precisa de namorado quando se tem sorvete de doce de leite Miss Daisy no freezer?
Diliça.
Vocês não estão entendendo... EU PRECISO FAZER ALGUMA COISA COM MEU CABELO.
Não aguento mais ele desse jeito e ele é todo enrolado e não dá pra fazer cortes mudernos e eu não quero pintar porque eu acho que resseca demais e eu não vou ter dinheiro pra ficar retocando a raiz e eu tou de saco cheio, ele tá mais comprido do que o que eu gosto quando curto mas bem mais curto do que se pode chamar de comprido, e ele cai na minha cara e ele fica descabelado à toa e eu não aguento mais o meu cabelo EU PRECISO FAZER ALGUMA COISA COM ELE. Eu não sei se quero deixar ele crescer, mas também não sei se quero ele curto como estava assim no início do ano. Eu não tenho coragem pra cortar curto DE VERDADE. Cansei de usar fivelinhas e grampinhos e de prender meu cabelo em maria-chiquinhas ou enrolar e deixar os cachinhos definidinhos, cansei. EU PRECISO FAZER ALGUMA COISA COM ELE.
Lija-gostosa-2003: DIETAS JÁ
Então eu comecei minha dieta (acho que a 3ª do ano) hoje. Tomei café da manhã levinho, almocei levinho, fiz um lanchinho saudável para evitar comer porcarias na faculdade.
Aí a
Débora malditinha leva PÃO DE MEL pra aula. Aí, vocês NÃO ESTÃO ENTENDENDO. O pão de mel que a mãe dela faz é uma das coisas mais deliciosas que eu já comi na vida. Saca comida orgasmática? Eu como aquele pão de mel de olhinhos fechados, gemendo. DILIÇA.
Já que o tema é pão de mel, não poderia deixar de citar o pão de mel da família Lopez, que apesar de ser diferente do da mãe da Débs, é igualmente delicioso.
Aí já que eu já tinha chutado o pau da barraca, tomei vinho quente, comi pipoca com provolone e coquinho caramelado.
Amanhã eu começo minha dieta direito.
(Sim, você percebe que um blog tá decadente quando os posts são surtos mulherzinha e sobre comida).
TOP 5 COMIDINHAS DA MAMÃE biológica
- Strogonoff
- Esfiha
- Rosbife
- Tabule
- Torta de frango
A esfiha e o tabule não negam nossa origem SALEM.
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Ou Salim.
Sei lá. Eu sei que toda vez que eu como uma ECA ECA ECA esfiha do Habib's ECAAAA eu lembro de como é bom ter antepassados sírio-libaneses.
Hoje eu comi um monte de ECA ECA ECA esfihas do Habib's ECAAAA. Nojo.
TOP 5 COMIDINHAS DA VÓ DIDI
- Torta de côco crocante
- Sorvete de alguma coisa boa que eu não sei o que é
- Pipoca com o fundinho queimado
- Bolo
- Gelatina diet.
QUALQUER COISA na casa da minha vó fica mais gostosa. Minha mãe ficava muito puta pq eu não gostava de pão com margarina na minha casa, mas na casa da minha vó eu comia um monte. E gelatina? Po, minha vó faz a melhor gelatina do mundo. Não tem absolutamente nada diferente no jeito de preparar, mas sei lá, é da minha vó, é melhor.
TOP 5 COMIDINHAS DA LIJA
- Pizza congelada Sadia
- Torta de maracujá miss daisy
- Pipoca com manteiga light yoki para microondas
- Miojo turma da mônica galinha caipira
- Brigadeiro de panela
Mentira. Minha carne moída é muito boa, eu tempero benzão, e minha macarronada e meus bolos são deliciosos. E meus biscoitinhos tbm. Eu tou aprendendo a cozinhar e acho que dentro de um ano estarei pronta para quem quiser desposar-me.
Alguém, alguém?
Ninguém? Ok.
Flocgel
E daí?!
Madrugal Gourmet
Pobres e Desconhecidos
Exercício de Olhar
esse aqui que você tá lendo
E agora, depois de um mês na incubadora, o
COMASSIM?! Eu em todos eles, visitem.
Pra que tanto blog, Lija? COMASSIM sete blogs? Nêrd.
"AAAAAH EU PRECISO FAZER ALGUMA COISA COM ESSE CABELO", pensei logo que acordei. Cortar, pintar, botar fogo, sei lá!
Aí me veio a idéia de passar máquina. Máquina 3 de repente. Ficar com um visual Sinead O'Connor ou algo assim, as pessoas iriam se chocar, mas depois iam acostumar, e eu iria mudar radicalmente, coisa que eu sempre quis experimentar fazer.
Então eu peguei a máquina e fui pro quintal. Liguei a máquina na tomada. Apertei o botão. Vrrrrrrrrrrrrrrrrrrrrr... vrrrrrrrrrrrrrr... encostei a máquina na testa, que começando pela frente não tinha como eu desistir depois.
Aí acabou a luz.
OK, DEUS, EU ENTENDI O RECADO.
Quando eu era pequena, passei por uma fase de auto afirmação muito foda. Eu tenho uma irmã que é um ano e 4 meses mais nova que eu. Então nossos desenvolvimento era muito parecido e a gente tinha mais ou menos as mesmas atividades e amigos e neuras e tal. E minha irmã é muito linda, desde pequena sempre foi. Loirinha, cabelos lisos e longos, olhões verdes, nariz pequenino e tal. A gente tem uma vizinha que é mais velha que a gente, coisa assim de 2 anos, e ela também era muito bonita, loirinha, cabelos lisos e longos, olhos verdes. E tínhamos uma outra amiga aqui na rua que apesar de não ser bonita, era loira, narizinho, cabelos longos e lisos e olhos azuis. E eu era a diferente.
Meus cabelos deixaram de ser lisos quando eu tinha uns 11 anos... primeiro ficaram indefinidos, pra só beeem depois tomarem essa forma atual. De loiros foram escurecendo aos poucos... meu nariz sempre foi grande, diferentão e os olhos são separados (heh, quando eu nasci o obstetra achou que eu tinha síndrome de down. É sério.) Eu era diferente! Não é fácil ser diferente quando se é criança!
Eu vivia perguntando pra minha mãe: "Eu sou bonita? Eu sou mais bonita que minha irmã? Sou bonita igual a Pafúncia (vizinha)?" Mamãe, que nunca foi de mentir pra mim, dizia: "Ligia, você tem uma beleza... exótica!" Imagina eu, com 10, 11 anos, tendo de ouvir isso da mãe.
BELEZA EXÓTICA.
Isso ficou entalado na minha garganta durante muito tempo. Volta e meia alguém vem me falar sobre como eu sou EXÓTICA. A irmã de um amigo meu diz que eu tenho cara de gringa - e ela trabalhava num flat, via gringos todo o tempo, será que para ela o fato de eu ter "cara de gringa" é exótico? EXÓTICA. A palavra já é ruim. Eu não me importo que me digam que eu sou exótica, mas acho curioso, não me acho exótica, acho só que meu rosto é uma afronta à estética: olhos separados, nariz grande e meio reto, esquisito, bocão, queixo de bolinha, testa grande (vovó que disse. Mas disse que testa grande é testa de gente inteligente), sobrancelhas grossas e retas. E mesmo com tanta coisa errada forma-se um conjunto que, pelo que dizem, não é feio. Mas também não é simplesmente bonito. É EXÓTICO.
Será que sendo assim exótica eu poderia ser atração de circo?
Why can’t you just forget about algebra? It’s all about you now... and all your talk of logic and formula could never help you now, not anymore. ‘Cause you were always on the run from the darkness in your heart, so you wear it on the outside of your chest. I have taken the liberty to tell your ghost to go. Bribing them with sunlight and sympathy, they promised not to show for a while. ‘Cause you were always the little boy who couldn’t keep it to yourself. So your heart is on the outside of your chest. At the speed of light you moved inside my home. Nothing is alright if you are still alone. And your heart is greater than the sum of you and everyone, but still you’re always on the run from the poison in your lungs... and your heart is on the outside of your chest.
A Camp é
deveras.