Exercício
Outro dia estava voltando pra casa, descendo a Rebouças, quando resolvi fazer um exercício de imaginação. Olhei pro banco do passageiro, que estava vazio, e decidi colocar ali sentadas algumas pessoas. Alguns homens. Amigos, ex-namorados, ex-peguetes... e comecei a pensar em como cada um agiria.
Quem iria passar a mão pela minha perna, quem iria aumentar o som, trocar de CD, reclamar da música, quem iria abrir o vidro, quem iria observar meu jeito de dirigir, quem iria criticar, quem iria zombar do meu cabelo arrepiado pelo vento. Quem ia me beijar quando eu parasse no sinal... enfim.
Foi divertido ver cada um deles, reparar nas manias, chatices e implicâncias, lembrar a forma de cada um fazer/manifestar carinho, ver quem é mais companheiro e melhor companhia.
Cheguei a um resultado, uma pessoa que eu gostaria que estivesse mais vezes no meu banco do passageiro e ao meu lado pela vida afora. Não, nem digo isso com conotação sentimental/amorosa/sexual.
É que ele, ao meu lado, nem repararia no som, ele me daria a mão e conversaríamos sobre qualquer coisa, porque conversar sobre qualquer coisa com ele é bacana. E a gente discordaria muito, porque o mais legal é discordar, ele argumentaria do jeito inteligente que ele gostuma argumentar, e a conversa seria tão boa que eu até iria errar o caminho.
Quando eu estiver sozinha por aí, bem vou imaginar ele sentadinho ao meu lado.
...:Violently happy:...
Feriadinho agitado. Com trabalho e lazer, com visitas previstas e visita surpresa, com alegrias e dor, com gripe e pé torcido, lascividade e tocos, pneu furado e chave esquecida dentro do carro, com muita comida e com um tantinho considerável de álcool, com vontade reprimida e sono, muito sono.
Já aconteceu de você de repente esquecer do quanto gosta de alguém ou de algum determinado grupo de pessoas? Eu tava quase esquecendo, que bom que eles apareceram pra me lembrar.
Já aconteceu de você de repente esquecer do quanto gosta de alguém ou de algum determinado grupo de pessoas? Eu tava quase esquecendo, que bom que eles apareceram pra me lembrar.
Ando com umas vontades malucas de chorar. Geralmente quando estou sozinha. Dirigindo. Ouvindo música. Falando comigo mesma. Tudo isso junto. Sozinha, dirigindo, ouvindo música e falando comigo mesma.
São umas saudades que vêm e batem no meu peito, umas lembranças, uns medos que eu achava que não tinha mais. Umas frases que surgem na minha cabeça e que me dão vontade de chorar. Um momento lindo que eu praticamente vejo acontecer na minha frente, como se fosse numa tela, e que me dá vontade de chorar de alegria.
Eu acho que eu tou ficando maluca.
Será que é coincidência a Rach estar vindo pra São Paulo justamente quando eu começo a entrar em crise e achar que estou ficando maluca? Ou será que alguma força maior que a gente cuida dessas coisas?
São umas saudades que vêm e batem no meu peito, umas lembranças, uns medos que eu achava que não tinha mais. Umas frases que surgem na minha cabeça e que me dão vontade de chorar. Um momento lindo que eu praticamente vejo acontecer na minha frente, como se fosse numa tela, e que me dá vontade de chorar de alegria.
Eu acho que eu tou ficando maluca.
Será que é coincidência a Rach estar vindo pra São Paulo justamente quando eu começo a entrar em crise e achar que estou ficando maluca? Ou será que alguma força maior que a gente cuida dessas coisas?
Eu sinto falta dele. Ah sinto. Mais do que qualquer coisa, das nossas conversas intermináveis no ICQ, das lamentações, da felicidade pelas conquistas...
Eu queria falar com ele e contar da mudança pela qual minha vida tá passando. Queria contar meus problemas e ouvir os dele, ajudar, contar as maluquices que eu ando fazendo por aí, ver as coisas que ele - tão criativo - anda fazendo.
Sem motivo NENHUM a gente se afastou. Sim, alguns conflitos colaboraram pra isso, mas não há motivo pra essa distância entre eu e uma pessoa que foi basicamente uma das mais importantes pra mim. Durante pouquíssimo tempo, mas foi porto seguro, ombro amigo, foi paixão, foi tanto pra mim...
Eu sinto falta dele. =\
Eu queria falar com ele e contar da mudança pela qual minha vida tá passando. Queria contar meus problemas e ouvir os dele, ajudar, contar as maluquices que eu ando fazendo por aí, ver as coisas que ele - tão criativo - anda fazendo.
Sem motivo NENHUM a gente se afastou. Sim, alguns conflitos colaboraram pra isso, mas não há motivo pra essa distância entre eu e uma pessoa que foi basicamente uma das mais importantes pra mim. Durante pouquíssimo tempo, mas foi porto seguro, ombro amigo, foi paixão, foi tanto pra mim...
Eu sinto falta dele. =\
Tenho dificuldade em expor meus sentimentos. Em falar sobre o que eu sinto, dividir com amigos, desabafar. É muito difícil eu me sentir a vontade com alguém a ponto de dizer o que se passa na minha cabeça e coração.
Alguns poucos coitados tem esse dom de me deixar a vontade. E aí, pobres, tem de me aguentar sozinhos, ouvir meus lamentos, emprestar o ombro pra eu chorar, dar colo...
Se não estou com esses poucos, visto a minha armadura. A minha capa. Escondo o jogo. Não é questão de ter duas caras ou sei lá o que. É que eu sou assim, reservada talvez, tenho medo de expor minha fragilidade, talvez.
Mas de que adianta vestir a armadura se vem um sujeitinho aí e enxerga através dela? Se vem um sujeitinho aí que me decifra melhor até que eu mesma?
E eu ainda gosto dele. Que ódio! =)
Alguns poucos coitados tem esse dom de me deixar a vontade. E aí, pobres, tem de me aguentar sozinhos, ouvir meus lamentos, emprestar o ombro pra eu chorar, dar colo...
Se não estou com esses poucos, visto a minha armadura. A minha capa. Escondo o jogo. Não é questão de ter duas caras ou sei lá o que. É que eu sou assim, reservada talvez, tenho medo de expor minha fragilidade, talvez.
Mas de que adianta vestir a armadura se vem um sujeitinho aí e enxerga através dela? Se vem um sujeitinho aí que me decifra melhor até que eu mesma?
E eu ainda gosto dele. Que ódio! =)
About love and devotion
Uma vez uma grande amiga minha soltou a seguinte frase: "Eu acho que eu nunca mais vou ser amada, Ligia". Ela não estava falando de amor genérico e sim daquele amor... ahm... homem-mulher, no caso de uma relação heterossexual.
Eu lembro de ter achado aquilo um grande absurdo, ainda porque se tratava desta minha amiga que é lindíssima, muito inteligente, divertida, doce, basicamente ela é um amontoado de qualidades e para mim era evidente que ela ainda seria muito amada.
Achei que ela estava sendo muito dramática, que nada justificava um pensamento desses. Que o fato das relações dela pós "o cara que a amava de verdade" não terem dado muito certo não significava que ela nunca mais iria encontrar quem a amasse.
Só que hoje em dia quem é acometida por esse tipo de pensamento sou eu. E olha, nem sou vítima de frustrações amorosas nem nada, mas as vezes bate um desânimo. Uma sensação de que nunca mais vai haver alguém assim... devotado, sabe?
Eu já tive alguém assim. Bem como ela já tinha tido. E às vezes eu tenho a impressão que nunca mais vou viver algo desse tipo. Bem como ela tinha essa impressão.
Só pra história não ficar deprê demais, vale lembrar (inclusive vale que EU MESMA lembrar) que pouco tempo depois essa minha amiga encontrou um cara sensacional. Que se ainda não é devotado e tão amoroso quanto foi aquele cara do passado, bem, pelo menos é uma pessoa maravilhosa que tá fazendo ela muito feliz. E eu particularmente não tenho pressa. Então vou renovar minhas esperanças.
Uma vez uma grande amiga minha soltou a seguinte frase: "Eu acho que eu nunca mais vou ser amada, Ligia". Ela não estava falando de amor genérico e sim daquele amor... ahm... homem-mulher, no caso de uma relação heterossexual.
Eu lembro de ter achado aquilo um grande absurdo, ainda porque se tratava desta minha amiga que é lindíssima, muito inteligente, divertida, doce, basicamente ela é um amontoado de qualidades e para mim era evidente que ela ainda seria muito amada.
Achei que ela estava sendo muito dramática, que nada justificava um pensamento desses. Que o fato das relações dela pós "o cara que a amava de verdade" não terem dado muito certo não significava que ela nunca mais iria encontrar quem a amasse.
Só que hoje em dia quem é acometida por esse tipo de pensamento sou eu. E olha, nem sou vítima de frustrações amorosas nem nada, mas as vezes bate um desânimo. Uma sensação de que nunca mais vai haver alguém assim... devotado, sabe?
Eu já tive alguém assim. Bem como ela já tinha tido. E às vezes eu tenho a impressão que nunca mais vou viver algo desse tipo. Bem como ela tinha essa impressão.
Só pra história não ficar deprê demais, vale lembrar (inclusive vale que EU MESMA lembrar) que pouco tempo depois essa minha amiga encontrou um cara sensacional. Que se ainda não é devotado e tão amoroso quanto foi aquele cara do passado, bem, pelo menos é uma pessoa maravilhosa que tá fazendo ela muito feliz. E eu particularmente não tenho pressa. Então vou renovar minhas esperanças.
O meu amor tem um jeito manso que é só seu
Nunca é demais afirmar o meu amor pelo Chico Buarque.
A paixão é tão declarada que até a moça que trabalha comigo gosta de me perturbar com isso. Hoje fui checar os e-mails daqui da editora e dei de cara com uma página do site de fofocas DIRCE. Era só pra fazer minha tarde começar linda com fotos dos olhos-cor-de-ardósia do Chicão.
Ele é foda. Ele é a única pessoa que se eu encontrasse na rua, provavelmente teria um treco.

Hoje eu vou sonhar com o Chico.
Nunca é demais afirmar o meu amor pelo Chico Buarque.
A paixão é tão declarada que até a moça que trabalha comigo gosta de me perturbar com isso. Hoje fui checar os e-mails daqui da editora e dei de cara com uma página do site de fofocas DIRCE. Era só pra fazer minha tarde começar linda com fotos dos olhos-cor-de-ardósia do Chicão.
Ele é foda. Ele é a única pessoa que se eu encontrasse na rua, provavelmente teria um treco.
Hoje eu vou sonhar com o Chico.
Run, Lija, run.
A primeira vez que eu consegui falar direito com ele, eu estava no estacionamento do supermercado. lembro direitinho. Parei o carro, ouvi o telefone tocar dentro da bolsa, e na época eu usava uma bolsa de couro que tinha compartimento pro celular, então era fácil encontrar o bichinho, difícil era ouvir o barulho dele com a bolsa toda fechada. Mas estranhamente eu ouvi e atendi a tempo. Eu não tinha bina, e de onde ele estava me ligando, mesmo se eu tivesse bina o número não seria identificado.
Aí ele se identificou e as minhas pernas ficaram moles.
Ele sempre teve o poder de me tirar do sério. Só olhando. Só chegando perto. Só pegando na minha mão. Eu perdia o ar, o fôlego, o rumo, a firmeza das pernas. E até aquele dia do estacionamento do supermercado, eu nunca tinha conseguido conversar com ele, justamente por esse poder que ele tinha... de até desencadear meus pensamentos e embolar as minhas palavras.
E aí ele se identificou, e as minhas pernas ficaram moles. Ele perguntou onde eu estava, e eu disse que estava no estacionamento do supermercado.
Nunca imaginei que o fato de eu estar num lugar assim... inusitado para uma menina de 21 anos estar, na madrugada de um sábado, fosse capaz de fazer com que a nossa conversa fluísse tão bem. Que eu fosse ficar segura e capaz de falar tanto e tao direito, de fazer piadas inteligentes e - pasmem - chamar pra sair.
Eu mudei. Hoje em dia - eu sei - eu daria um baile nele. Hoje, quando estava lendo meus e-mails no estágio e vi o nome dele, me deu uma vontade louca de telefonar. Pra vê-lo. Pra esbanjar segurança. E claro, pra lascar um beijo na boca dele.
Mas me deu medo. Medo de travar. De ele ter mudado também. Dele AINDA me dar um baile. E se as pernas tremerem e de novo eu não souber o que falar?
Mas até o fim de fevereiro eu falo. Ah falo.
Se eu sou apaixonada por ele?
CLARO QUE NÃO.
É só o homem objeto que eu mais almejo na vida.
Aí ele se identificou e as minhas pernas ficaram moles.
Ele sempre teve o poder de me tirar do sério. Só olhando. Só chegando perto. Só pegando na minha mão. Eu perdia o ar, o fôlego, o rumo, a firmeza das pernas. E até aquele dia do estacionamento do supermercado, eu nunca tinha conseguido conversar com ele, justamente por esse poder que ele tinha... de até desencadear meus pensamentos e embolar as minhas palavras.
E aí ele se identificou, e as minhas pernas ficaram moles. Ele perguntou onde eu estava, e eu disse que estava no estacionamento do supermercado.
Nunca imaginei que o fato de eu estar num lugar assim... inusitado para uma menina de 21 anos estar, na madrugada de um sábado, fosse capaz de fazer com que a nossa conversa fluísse tão bem. Que eu fosse ficar segura e capaz de falar tanto e tao direito, de fazer piadas inteligentes e - pasmem - chamar pra sair.
Eu mudei. Hoje em dia - eu sei - eu daria um baile nele. Hoje, quando estava lendo meus e-mails no estágio e vi o nome dele, me deu uma vontade louca de telefonar. Pra vê-lo. Pra esbanjar segurança. E claro, pra lascar um beijo na boca dele.
Mas me deu medo. Medo de travar. De ele ter mudado também. Dele AINDA me dar um baile. E se as pernas tremerem e de novo eu não souber o que falar?
Mas até o fim de fevereiro eu falo. Ah falo.
Se eu sou apaixonada por ele?
CLARO QUE NÃO.
É só o homem objeto que eu mais almejo na vida.
Tou com saudade da Klô. Muita, muita saudade.
Tou com tanta saudade do Klein que domingo quase chorei ao telefone com ele. Com tanta saudade do Klein que deixaria de trepar pra vê-lo.
Tou com saudade da Débora e em falta com ela. Dia 30 ela fez aniversário e eu não consegui falar com ela. Juro que eu tentei, mas não consegui.
Tou com saudade do Ivo.
Tou com saudade da Fli, da Fê, da Joam, do Ivan, do Adri, do LP, da Rach, do Merino e de todo o povo do Rio.
Com saudade do Marcelo e da Malu. De tomar sorvete no Felice. Tou com saudade de ir tomar sol lendo O Anjo Pornográfico lá no Guaraú. Saudade do inverno de 2003.
Coração apertadinho de saudade.
Tou com tanta saudade do Klein que domingo quase chorei ao telefone com ele. Com tanta saudade do Klein que deixaria de trepar pra vê-lo.
Tou com saudade da Débora e em falta com ela. Dia 30 ela fez aniversário e eu não consegui falar com ela. Juro que eu tentei, mas não consegui.
Tou com saudade do Ivo.
Tou com saudade da Fli, da Fê, da Joam, do Ivan, do Adri, do LP, da Rach, do Merino e de todo o povo do Rio.
Com saudade do Marcelo e da Malu. De tomar sorvete no Felice. Tou com saudade de ir tomar sol lendo O Anjo Pornográfico lá no Guaraú. Saudade do inverno de 2003.
Coração apertadinho de saudade.